Após quatro quedas consecutivas e testar a casa dos 108 mil pontos na abertura, o Ibovespa virou para forte alta e encerrou o pregão de hoje (19) com valorização de 2,33%, aos 111.824 pontos. O principal índice da B3 seguiu o movimento de Wall Street, ganhando força dias antes das decisões de política monetária.
O banco central dos Estados Unidos, assim como o do Brasil, anunciará na próxima quarta-feira (21) qual será o ajuste das taxas de juros do país.
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Nos EUA, analistas esperam por uma alta de 0,75 ponto percentual, mas também há apostas de uma elevação de 1 ponto percentual. Por aqui, a maioria no mercado vê o BC mantendo a Selic em 13,75% ao ano – no entanto, há quem espere um aumento residual dos juros a 14%.
A atenção do mercado global está voltada à política monetária. Além do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, e o Banco Central do Brasil, autoridades monetárias da Inglaterra e Japão se reúnem nesta semana para ajustar os juros em meio à inflação mundial persistente.
Em Wall Street, os principais índices registraram alta após dias seguidos de quedas. O Dow Jones subiu 0,64%, aos 31.019 pontos, o S&P 500 avançou 0,69%, aos 3.900 pontos, e o Nasdaq subiu 0,59%, para 11.516 pontos.
O dólar caiu 1,79% frente ao real na sessão, a R$ 5,1647. É normal, após movimentos muito acentuados da moeda, haver momentos pontuais de correção no sentido oposto.
No cenário econômico doméstico, analistas de mercado reduziram hoje mais uma vez as projeções para a inflação brasileira neste ano e no próximo e elevaram a estimativa para o PIB em 2022, mostrou o Boletim Focus.
As estimativas apontam agora para alta de 6% do IPCA este ano, ante 6,40% há uma semana. A projeção para o Produto Interno Bruto é de 2,65%, de 2,39% antes, enquanto a expectativa para o ano que vem foi mantida em 0,50%.
O número para 2022 está em linha com o previsto pela equipe econômica do governo, de 2,7%. Para 2023, no entanto, o Ministério da Economia está bem mais otimista, vendo um crescimento de 2,5%.
Já no mercado acionário, a análise técnica da equipe do Itaú BBA disse que o cenário está pressionado, mas ainda com a maior parte dos índices da B3 acima de suportes importantes — o que alimenta uma expectativa de resiliência para o Ibovespa.
“No entanto, vale lembrar que os mercados internacionais estão afastados das resistências importantes”, observaram, citando ainda que se o Índice Bovespa perder a região de suporte entre 109.800 e 107.800 pontos, há riscos de quedas mais acentuadas.
A maior alta de hoje ficou para as ações do setor de educação, com Yduqs (YDUQ3) registrando forte alta de 14,10%, a R$ 12,30, e Cogna (COGN3) +9,77%, a R$ 2,81.
Na outra ponta, a maior queda foi da Positivo (POSI3), com recuo de 1,59%, a R$ 13,00. (Com Reuters)
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