Com cerimônia solene, escoceses prestam homenagem à rainha Elizabeth

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Foto: REUTERS/Carl Recine

Homenagem à rainha Elizabeth em Edimburgo, na Escócia

O caixão da falecida rainha Elizabeth foi levado ao longo da avenida Royal Mile na capital escocesa, Edimburgo, nesta segunda-feira (12), em uma procissão silenciosa e solene observada por milhares de pessoas que prestavam homenagem à monarca mais longeva do Reino Unido.

O caixão, envolto no Royal Standard of Scotland e com uma coroa de flores brancas no topo, foi então levado para a Catedral de St. Giles e a coroa da Escócia colocada sobre ele.

Com uma multidão em luto – muitas pessoas choravam – do lado de fora, o rei Charles e outros membros da família real, bem como líderes políticos e dignitários, participaram de uma cerimônia de ação de graças pela rainha Elizabeth.

O caixão ficará na Catedral de St Giles para uma vigília noturna antes de ser levado para Londres amanhã (13).

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A rainha Elizabeth morreu na quinta-feira (8) em sua casa em Balmoral, na Escócia, aos 96 anos, após um reinado de 70 anos, mergulhando o país em luto, ao mesmo tempo em que enfrenta uma crise econômica e uma mudança de governo.

Charles tornou-se rei após a morte dela e foi formalmente proclamado monarca no sábado (10).

O caixão da rainha chegou de Balmoral no domingo (11) e permaneceu durante a noite no Palácio de Holyroodhouse, a residência oficial da monarca na Escócia.

Um lamento de gaita de foles era o único som quando soldados do Regimento Real da Escócia levaram o caixão do palácio e o colocaram no carro funerário para a curta viagem até a catedral.

Uma salva de tiros ecoou de uma bateria no Castelo de Edimburgo quando o carro fúnebre partiu e um único tiro foi disparado a cada minuto da procissão pela via histórica. Fora isso, houve apenas silêncio – exceto um breve grito de um desordeiro dirigido ao príncipe Andrew.

Sob um céu ensolarado, o rei Charles e seus irmãos – Anne, Andrew e Edward – caminhavam lentamente atrás do carro funerário, enquanto a Royal Company of Archers prestava a guarda de honra.

No tributo, a primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, fez uma leitura do Eccliastes e a cantora folk Karen Matheson cantou um salmo em gaélico, enquanto outros oradores prestaram homenagem à falecida rainha Elizabeth.

Tina Richardson, de 63 anos, aposentada de Dunbar, estava entre os presentes na centenária Royal Mile ao lado da catedral. Ela disse que seu nome do meio é Elizabeth em homenagem à falecida rainha.

“Nunca haverá alguém como ela”, declarou à Reuters. “Ela era uma senhora tão bonita que nos deu tanto. Ela dedicou toda a sua vida ao país. Nos bons e maus momentos ela estava lá, especialmente durante a Covid. Ela uniu todos.”

“NOSSA DEMOCRACIA”

Mais cedo nesta segunda, em Londres, o rei Charles se dirigiu a membros do Parlamento britânico no Westminster Hall.

Ele chamou o Parlamento de “instrumento vivo e respiratório de nossa democracia” e prometeu seguir o exemplo de sua falecida mãe na manutenção de sua independência.

No pronunciamento, Charles disse: “Quando muito jovem, sua Majestade prometeu servir seu país e seu povo e manter os preciosos princípios do governo constitucional que estão no coração de nossa nação. Esta promessa ela manteve com devoção insuperável.”

Charles, de 73 anos, que automaticamente se tornou rei do Reino Unido e 14 outros reinos, incluindo Austrália, Canadá, Jamaica, Nova Zelândia e Papua Nova Guiné após a morte de sua mãe, Elizabeth 2ª, é conhecido por expressar suas opiniões sobre assuntos que vão desde o meio ambiente até questões da juventude.

Ele sugeriu que, como rei, deve moderar seu estilo, de acordo com a tradição que prevê o monarca fora de assuntos políticos.

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