iPhone 14: o que o evento da Apple indica sobre o futuro da integração

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“O sistema integrado é o grande diferencial da Apple”, disse Tim Cook, na abertura do evento

O tão esperado evento de lançamento do iPhone 14, adiantado pela Apple há algumas semanas, ocorreu na tarde de hoje (7). Em uma transmissão gravada realizada diretamente do Apple Park, em Cupertino, na Califórnia, a empresa apresentou as atualizações e os detalhes da nova geração de seu smartphone, além de mostrar os novos modelos do Apple Watch e seu sensor de temperatura corporal, o AirPods Pro ganhou mais tempo de baterias e aviso para localização em caso de perdas.

Na abertura, Tim Cook, CEO da Apple, apontou a missão da empresa em criar um ecossistema de dispositivos integrados e a importância da agilidade e da conveniência para os consumidores Apple. O executivo recapitulou algumas possibilidades de integração entre os aparelhos e destacou que somente a Apple pode permitir isso. “E nosso objetivo é tornar essa experiência cada vez melhor”, destacou Tim Cook.

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Ao apresentar as novas funcionalidades do Apple Watch, principalmente o sensor de temperatura, a empresa reforçou a preocupação com privacidade dos dados de saúde e o sistema de proteção de privacidade dos usuários em relação a essas novas funcionalidades.

No caso do iPhone 14, a Apple apresentou melhoria de performance, levando o chip do PRO para os outros modelos e deu foco na capacidade de suas câmeras que ganharam novas potencialidades e o aumento de performance e qualidade de captação. Além disso, o aparelho terá conexão via satélite permitindo a manutenção da conexão em casos de emergência permitindo que o iPhone siga funcionando mesmo em locais onde as torres de celular não alcançam com seus sinais. A empresa também ressaltou seu compromisso com o ambiente destacando que mais de 200 parceiros da Apple se comprometeram em reduzir o impacto ambiental na produção.

Há meses, os vazamentos e rumores alimentavam a euforia dos fãs em torno do iPhone 14. No entanto, muito mais do que um evento de lançamento, o “Far Out”, como foi batizada essa edição, indicou, para muitos, o olhar da marca sobre o futuro da tecnologia e, sobretudo, a maneira como a companhia encara sua evolução e desafios. De acordo com dados reunidos pela consultoria Statista, o smartphone da Apple, desde que foi lançado em 2007, já vendeu mais de US$ 1,5 trilhão. Somente no ano passado, a receita da Apple com o iPhone foi de US$ 192 bilhões. Esse montante, de acordo com o levantamento, está à frente dos faturamentos de Nike, Disney e Coca-Cola juntas. Mas a abertura e o destaque de Tim Cook foram além do iPhone e focaram na capacidade de a Apple integrar seus devices. “Algo que somente nós temos”, destacou.

Apple Watch

O primeiro item a ser destacado no evento foi o Apple Watch. Tim Cook ressaltou o papel do device de acompanhar a saúde das pessoas e, sobretudo, a utilidade em conveniência e integração com os outros devices da Apple. O relógio inteligente ganhou sensor que indica temperatura elevada do corpo, por exemplo, além de várias outras funcionalidades voltadas à saúde com destaque para expectativa de ovulação, por exemplo. Outras doenças também podem ser monitoradas pela nova funcionalidade do relógio inteligente. Um modelo ultra resistente também foi apresentado: o Apple Watch Ultra.

Os três novos modelos do Apple Watch apresentados durante o evento

AirPods Pro

Os fones de ouvido da Apple, os AirPods Pro, ganharam novas funcionalidades, dentre elas, a redução de ruídos seletiva. Além disso, o equipamento também terá um salto na duração de bateria de 24 para 30 horas com o estojo nativo. O AirPods Pro ganhou novos sons de identificação, em caso de perda.

O AirPods Pro ganhou novas funcionalidade e sistemas de localização

iPhone 14

O chip atual do modelo Pro foi levado para os outros. As câmeras ganharam novo sensor de 12 MegaPixel, além do aprimoramento de outros sensores de captação de imagens. O que resulta em 49% de ganhos em baixa luz. Pela primeira vez, a câmera frontal do iPhone ganhará foco automático. A versão 5G também permitiu, nos Estados Unidos, a retirada da bandeja dos chips. O iPhone 14 ganhou detecção de acidente graças a um giroscópio e acelerômetro. Uma das principais novidades aguardadas em relação ao iPhone 14 era a possibilidade de conexão via satélite. O objetivo é que, mesmo sem sinal, o iPhone continua detectável e pronto para emissão de sinais de emergência. Neste caso, pessoas em situações de riscos, por exemplo, poderiam ser localizadas. O novo serviço SOS de emergência via satélite ficará disponível de forma gratuita por dois anos.

Algumas das atualizações do iPhone na versão 14

O reflexo da escassez de chips

O novo modelo do iPhone foi apresentado ao mundo em um contexto de, naturalmente, muita expectativa, mas, sobretudo, na esteira da pandemia, quando a produção de eletrônicos ficou comprometida em todo o mundo, gerando, inclusive, a crise dos semicondutores.

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Em outubro do ano passado, por exemplo, Tim Cook admitiu que, em função da falta de chips, a entrega de mais de 10 milhões de iPhones 13 estaria comprometida. A perspectiva para o iPhone 14 é mais otimista. Para que isso não ocorra, inclusive, a Apple já colocou em ação um plano que diversifica seu portfólio de fornecedores e amplia as parcerias para impedir atrasos ou frustrações dos consumidores. “Estamos fazendo tudo o que podemos para obter mais (chips) e aplicando contingências estratégicas para garantir que avancemos o mais rápido possível”, disse Cook.

Brasil e o iPhone mais caro do mundo

Os consumidores que compram o iPhone no Brasil são os que pagam mais caro pelo modelo. A Statista mapeou o preço de alguns modelos da versão 13 ao redor do mundo e o Brasil é o país onde o iPhone é mais caro, chegando a custar, algumas vezes, o dobro dos Estados Unidos. “No caso de um iPhone 13, por exemplo, no Brasil, uma pessoa teria que desembolsar o equivalente a mais de sete salários-mínimos para ter o equipamento”, diz a consultoria.

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Já no México, os smartphones da Apple chegam a custar US$ 200 a mais que nos Estados Unidos, faixa semelhante na Espanha, onde a diferença para o país sede da Apple é pouca. Outra pesquisa, da Hellosafe, mapeou que aproximadamente 40% do preço do iPhone brasileiro é composto por taxas locais. Além disso, de acordo com a empresa, a alta do dólar é outro agravante para encarecer o produto.

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