As líderes do projeto Costurando Sonhos, criado dentro da favela de Paraisópolis, em São Paulo, estão em Milão para o lançamento da nova coleção da marca de calçados eco-friendly Dotz em conjunto com a grife italiana Gianni Chiarini. As profissionais que fazem parte do projeto produziram os pingentes que decoram os sapatos e fizeram as bolsas em tecido que acompanham os pares vendidos. “É importante mostrar a essas mulheres a importância do trabalho que desenvolvem, já que muitas delas chegam até nós sem acreditar em seu potencial”, diz Suéli Feio, uma das idealizadoras do Costurando Sonhos.
O projeto já capacitou 700 mulheres e emprega mulheres moradoras de favelas, que produzem a partir de sobras de tecido da indústria e peças descartadas, como uniformes e malotes de lona tirados de circulação. “Com o upcycle, nós transformamos o que seria descartado em algo que as empresas valorizam hoje”, diz a outra líder do programa, Maria Nilde Santos.
O Costurando Sonhos faz parte da iniciativa social G10 Hub Acelerador de Negócios, liderado por Gilson Rodrigues, que criou também o G10 Favelas, grupo de impacto social que reúne as maiores favelas do Brasil.
Parte do valor das vendas da coleção será destinado para o Instituto Costurando Sonhos Brasil, que ajuda mulheres em situação de vulnerabilidade social desde 2017 e atua em diversas comunidades, Durante a pandemia, essas mulheres produziram mais de dois milhões de máscaras de tecido que foram distribuídas para moradores de diversas favelas do Brasil.
>> Inscreva-se ou indique alguém para a seleção Under 30 de 2022
O post Costureiras de Paraisópolis produzem para marca italiana de sapatos apareceu primeiro em Forbes Brasil.