Valendo US$ 21 bi, Riot transforma Brasil em hub de entretenimento

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Abertura do CBLOL no último sábado, que reuniu mais de 10 mil pessoas no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo

Avaliada em quase US$ 21 bilhões, a Riot Games, publisher de um dos maiores games do mundo, o League of Legends, realizou, no último sábado (3), em São Paulo, a Grande Final do Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLoL). O evento reuniu pouco mais de 10 mil pessoas no Ginásio do Ibirapuera, capacidade máxima do local, e marcou o retorno dos grandes eventos de e-sports com público. A Riot possui entre seus principais investidores a Tencent, uma das maiores empresas de games do mundo, avaliada em mais de US$ 550 bilhões.

Muito mais do que a disputa entre os times da Loud e paiN Gaming, o evento reuniu música, entretenimento, performances de cosplay, dentre vários outros elementos da cultura pop. Além de contar com uma abertura aos moldes de Cirque du Soleil com apresentações de BNegão, Rincon Sapiência e Katú Mirim. Neste ano, de forma inédita, a Riot realizou, pela primeira vez no mundo, o Half Time Show do intervalo com apresentações de Cat Dealers e Haikass aos moldes do que faz o Super Bowl há anos com a Pepsi. No caso do CBLoL, a parceria foi com a Heineken.

“Depois de três anos sem eventos presenciais, o encontro da comunidade era uma grande expectativa dos jogadores, e, por isso, criamos mais ativações, conteúdos e entretenimento a todos aqueles que escolheram o game e os e-sports como identidade e paixão. Junto com nossos parceiros (patrocinadores e times) também investimos em stands, lojas, experiências que levam a Final do CBLoL para um novo patamar de evento, que consegue entreter mais e mais pessoas. além de fortalecer o ecossistema da indústria como um negócio sustentável”, ressalta Carlos Antunes, head de e-sports da Riot Games.

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O Brasil é o maior mercado de games da América Latina com uma receita estimada de R$ 11 bilhões em 2021 e um crescimento de 6% previsto para 2022, segundo a consultoria Newzoo, além do consumo de games, o país também é destaque na contratação de profissionais especializados para a indústria. A 9ª edição da Pesquisa Game Brasil (PGB), principal levantamento do setor, revelou um crescimento de 2,5 pontos percentuais neste ano, em relação a 2021, com 74,5% da amostragem da população do Brasil afirmando jogar. Ou seja, os brasileiros se consideram cada vez mais gamers.

Dez anos de Brasil

O CBLoL ocorreu este ano diante das comemorações de dez anos da Riot no Brasil. Desde que chegou ao país, em agosto de 2012, a empresa criada em 2006 em Los Angeles, na Califórnia, já realizou diversos campeonatos pelo país. De todos eles, o mais emblemático ocorreu em 2015. Naquele ano, a empresa reuniu mais de 12 mil pessoas no Allianz Parque, em São Paulo, e chamou a atenção, principalmente de grandes marcas, do potencial dos brasileiros em consumir games e e-sports.

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O potencial dos e-sports

Uma vertical importante da indústria de games, os e-sports movimentam mais de US$ 2 bilhões ao ano, segundo a Newzoo. Neste segmento, o cenário competitivo profissional reúne vários torneios baseados em títulos como Free Fire, Fortnite, Valorant, Counter Strike e o próprio League of Legends.

De acordo com a PGB, houve um aumento de 32,8% dos gamers brasileiros que declaram conhecer os e-sports. Além disso, a pesquisa também mostra que 76,5% dos jogadores apontam os jogos eletrônicos como a principal forma de entretenimento. Em 2020, ainda antes da pandemia, esse número era quase 20 pontos percentuais menor.

“A consolidação desta modalidade de jogo, no entanto, não quer dizer que as novidades no segmento se encerraram, os gamers brasileiros estão cada vez mais abertos a novas experiências, tecnologias e inovações”, explica Carlos Silva, sócio da GoGamers.

Loud: uma potência de entretenimento

Na edição deste ano, a grande vencedora do CBLoL foi uma das equipes da Loud. A organização de e-sports, que já é considerada uma das maiores da América Latina, bateu recordes recentes em sua história, dentre eles, o de ser a primeira de e-sports a alcançar 1 bilhão de visualizações em seu canal no YouTube.

Bruno Oliveira Bittencourt (PlayHard), um dos fundadores da Loud, foi Forbes Under 30 em 2020. De acordo com ele, “só no Brasil, onde operamos, já estamos vendo os e-sports penetrarem na cultura mainstream. Estamos vendo programas universitários, ligas profissionais e até mesmo reconhecimento olímpico nos próximos jogos”, destaca.

 






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