Neste 24 de agosto é comemorado, no Brasil, o Dia da Infância. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) instituiu a data a fim de promover uma reflexão sobre as condições de vida das crianças ao redor do mundo e defender seus direitos. E isso abrange também o ato de brincar, peça importante no desenvolvimento infantil.
“O brincar é fundamental para a formação da criança, pois é o momento onde ela se apropria da realidade, estabelece suas relações sociais e utiliza toda a sua corporeidade nas suas dimensões motora, cognitiva e afetiva”, explica Rogéria Sprone, que é diretora pedagógica.
Segundo a pedagoga, as crianças imitam a realidade através das brincadeiras e, dessa forma, vão se desenvolvendo e descobrindo novas situações e até novas habilidades. Por isso, uma brincadeira que não pode faltar na primeira infância é a contação e interpretação de histórias.
A contação de histórias estimula as emoções das crianças (Créditos: Shutterstock)
“Quando brinca de faz de conta, a criança assume papéis, desenrola um enredo e constrói interações. Através dessa representação ela demonstra sentimentos, angústias, alegrias, incômodos e suas impressões do dia a dia. Elas conseguem expressar suas dificuldades, contradições e se sentem motivadas a lidar com o acaso, uma vez que a história é construída no desenrolar da brincadeira”, complementa.
A importância do brincar em família na infância
Brincar vai muito além da diversão. Por isso, a família deve participar deste momento e encorajar a criança a criar suas próprias brincadeiras. “É importante que a criança tenha alguém para brincar junto e interagir em diversas atividades: criação e contação de histórias, jogos, fantasias e exercícios de movimento como pega-pega e esconde-esconde, por exemplo”, sugere a pedagoga.
O diálogo também é essencial para a formação dos pequenos. Dessa maneira, a diretora aconselha dedicar um tempo para a criança e estabelecer uma rotina de brincadeiras em família. Além de desenvolver a coordenação motora e o ensino, esse momento estreita os laços familiares e ajuda a criança a se desenvolver e aprender a lidar com os próprios sentimentos.
“Deixe a tela do celular um pouco de lado e brinque com jogos, crie fantasias ou até exercícios de movimento. Converse com a criança, conte qual era sua brincadeira favorita e brinquem juntos”, finaliza Rogéria.
Fonte: Rogéria Sprone, diretora pedagógica do Colégio Joseense.