O governo da Argentina vai lançar nos próximos dias três medidas que visam restringir a quantidade de importações e cuidar das escassas reservas do banco central do país, disse uma fonte oficial à Reuters.
As medidas foram pensadas depois de dados mostrarem na segunda-feira que a balança comercial de julho da terceira maior economia da América Latina registrou déficit pelo segundo mês consecutivo.
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“É necessária uma triangulação mais fluida entre a AFIP (entidade arrecadadora de impostos), Alfândega e Comércio, com medidas destinadas a ordenar as importações, cuidar dos dólares do BCRA (banco central argentino) e evitar abusos”, disse a fonte, que pediu para não ser identificada.
Em primeiro lugar, será reduzido o prazo para quem importa insumos sem pagar impostos para depois exportar um bem. Essa redução é de 360 dias para 120 dias com o objetivo de acelerar as exportações.
Por outro lado, as empresas que importam serviços como softwares ou consultorias devem entrar em regime de declaração antecipada. No primeiro semestre, a Argentina importou cerca de US$ 5 bilhões em serviços.
O governo também vai incorporar 34 bens, como máquinas caça-níqueis, iates, aviões de luxo e máquinas de mineração de criptomoedas, no esquema de licenciamento não automático, que requer autorização prévia.
A diferença de 115% entre a taxa de câmbio oficial, utilizada no comércio exterior, e as taxas de câmbio em mercados alternativos estimula importadores a aumentar suas compras do exterior, enquanto exportadores atrasam a liquidação de suas vendas à espera de uma nova queda o peso.
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