A empresa chinesa Xiaomi anunciou hoje (19) uma queda acentuada na receita do segundo trimestre, período em que o maior mercado de smartphones do mundo encolheu, atingido por restrições sanitárias relacionadas à Covid-19.
As vendas caíram 20% ano a ano, para 70,17 bilhões de iuans (US$ 10,31 bilhões – R$ 53,37 bilhões), declínio maior do que no trimestre anterior, quando a empresa registrou sua primeira queda de receita desde a listagem de suas ações.
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O lucro líquido da Xiaomi caiu 67% na base anual, para 2,08 bilhões de iuans, abaixo das estimativas dos analistas.
“No mercado chinês, houve o ressurgimento da pandemia e, como resultado, a demanda foi difícil e fraca”, disse o presidente da Xiaomi, Wang Xiang, em uma conferência de resultados.
Wang acrescentou que o aumento de preços dos combustíveis, custos de insumos e inflação também impactou as vendas no exterior. O lucro líquido caiu como resultado da pressão para limpar o estoque por meio de vendas e promoções.
As vendas de smartphones da Xiaomi, que geram mais da metade da receita total da empresa, caíram 29%.
Em 2021, a Xiaomi viu um aumento nas vendas depois de conquistar participação de mercado da rival Huawei, cuja capacidade de adquirir componentes foi prejudicada pelas sanções dos Estados Unidos.
No entanto, a alta durou pouco, e as ações da empresa caíram quase 40% desde o início de 2022, atingidas pela desaceleração da economia chinesa e pelo menor crescimento no exterior.
Na Índia, o mercado mais forte da Xiaomi fora da China, a empresa foi alvo de investigações do governo por supostamente se esquivar dos reguladores fiscais.
As autoridades fiscais indianas apreenderam em abril US$ 725 milhões em ativos da empresa, alegando que ela transferiu fundos ilegalmente para o exterior sob o pretexto de pagamentos de royalties. A Xiaomi negou qualquer irregularidade.
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