Terminou às 22 horas de ontem (18), o mais importante encontro da cadeia brasileira do algodão, a 13ª edição do congresso que reúne produtores da fibra. A dimensão de sua importância pode ser medida pelo tráfego nos corredores do centro de convenções de Salvador (BA), onde era fácil encontrar os maiores, mais importantes e tradicionais produtores rurais da cadeia do algodão.
Nomes como Eduardo Logemann, da SLC; Fernando Maggi, do grupo Amaggi; Walter Schlatter, do Grupo Schlatter; Sérgio De Marco, do Grupo BDM; Walter Horita, do Grupo Horita, são alguns poucos exemplos, sem contar a presença de todos os presidentes das associações estaduais que também são fazendeiros de peso em seus redutos.
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Mas não é somente isso. Além de executivos, donos de grandes empreendimentos, doutores, mestres e lideranças para os debates, um público de gestão e lida das fazendas ajudou a formar um batalhão de 2.450 inscritos para três dias de uma agenda repleta de temas sobre tecnologias e inovações. Por exemplo, do Grupo Horita, além dos três herdeiros que já se preparam para o processo de sucessão, os 20 engenheiros agrônomos que trabalham nas fazendas localizadas no oeste baiano estavam presentes. “A fazenda para nesse período, por causa do vazio sanitário, mas a equipe não, e esse é um momento que não podemos perder”, diz Horita. “O Brasil caminha para ser o maior exportador algodão do mundo e precisamos andar todos juntos.”
O país hoje é o segundo maior exportador, atrás apenas dos EUA, com 2 milhões de toneladas. Neste ano, os cotonicultores venderam para o mercado externo 1,68 milhão de toneladas no acumulado de agosto a julho de 2022, por US$ 3,22 bilhões. A meta é dobrar o volume nos próximos 10 anos anos. “Estamos mostrando ao mundo a qualidade do nosso produto, que é sustentável e pode competir em igualdade com mercados como o dos EUA e Austrália”, diz Júlio César Busato, presidente da Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão). “É possível ser o maior exportador. Veja que a grande maioria dos nossos agricultores eram pequenos e hoje são empresários, responsáveis pelo grande desenvolvimento do Brasil.”
Os analistas de mercado que estiveram no congresso, entre eles o engenheiro agrônomo Marcos Jank, professor e coordenador do AgroInsper Global, dizem que é possível porque entre os maiores produtores da fibra o Brasil é o único em que a produção e a produtividade permanecem em rota ascendente. A commodity é considerada a cultura que mais utiliza tecnologias para o aumento da produtividade, com quase a totalidade de áreas classificadas como médias e grandes fazendas.
“O país também tem de aumentar a percepção da qualidade do seu produto, que é superior a outros países, e fazer uma política de acordos bilaterais”, diz Jank.”Na Austrália, por exemplo, 100% do comércio são cobertos por acordos.” Em volume de produção de algodão, os maiores do mundo são Índia, com cerca de 6 milhões de toneladas da fibra, mais China, Estados Unidos, Brasil e Paquistão.
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