IBC-Br sobe em junho e indica expansão econômica de 0,57% no 2º tri

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Ricardo Moraes/Reuters

Consumidores fazem compras em feira no Rio de Janeiro

Um sinalizador da atividade econômica do Brasil registrou crescimento acima do esperado em junho e interrompeu dois meses seguidos de quedas, fechando o segundo trimestre com expansão, ainda que com perda de ritmo sobre o início do ano.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou em junho avanço de 0,69%, de acordo com o dado dessazonalizado do indicador que é um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB).

A leitura informada pelo BC hoje (15) ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de ganho de 0,25%.

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No entanto, o BC piorou o dado de maio para uma contração de 0,26%, depois de informar anteriormente queda de 0,11%. Em abril, o índice apresentou recuo de 0,52% na comparação mensal.

Ainda assim, o IBC-Br registrou no segundo trimestre expansão de 0,57% na comparação com os três meses anteriores, mas mostrou perda de força depois de ter avançado 1,12% de janeiro a março.

O IBGE divulgará os dados oficiais do PIB no dia 1 de setembro, depois de informar que a economia teve no primeiro trimestre crescimento de 1,0%.

Na comparação com junho do ano anterior, o IBC-Br registrou alta de 3,09%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um avanço de 2,18%, de acordo com números observados.

Em junho, somente o setor de serviços teve desempenho positivo, com alta no volume de 0,7%.

Na contramão, indústria brasileira interrompeu quatro meses seguidos de ganhos com queda acima do esperado de 0,4%, enquanto as vendas no varejo recuaram 1,4%.

O Brasil vive um ambiente de inflação e juros elevados, mas ao mesmo tempo com uma política fiscal estimulativa que tende a dar sustentação à demanda no curto prazo.

O país ainda encara incertezas relacionadas à eleição presidencial de outubro e desafios provenientes do cenário internacional. Além de a guerra na Ucrânia ter impacto sobre os preços, o aumento de juros nas economias avançadas tende a retrair a atividade no mundo e afastar investimentos de países emergentes.

Por outro lado, tendem a mitigar as condições financeiras mais apertadas a melhora do mercado de trabalho e medidas de auxílio do governo, adiando os impactos mais significativos da política monetária apertada sobre a atividade.

Depois da liberação de saques extraordinários do FGTS, antecipação do 13º de aposentados e pensionistas e o Auxílio Brasil, são esperados os impactos da redução das alíquotas de ICMS sobre os setores de combustíveis, gás, energia, comunicações e transporte coletivo.

A PEC dos Benefícios, que tem por objetivo aumentar o valor ou criar novos benefícios sociais a menos, também pode ajudar a atividade econômica.

Buscando controlar a inflação crescente, o BC elevou a Selic neste mês a 13,75% e, embora tenha dito que avaliará a necessidade de ajuste residual nos juros, boa parte dos mercados parece acreditar que este ciclo de aperto monetário já chegou ao fim.

A pesquisa Focus realizada semanalmente pelo BC com uma centena de economistas aponta que a expectativa é de que o PIB cresça 2,0% neste ano, indo a uma expansão de 0,41% em 2023.

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