Lucro da Jalles Machado sobe 3,8% no 1º tri da safra, a R$ 120 milhões

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O mix de produção contou com 62% da matéria-prima destinada à fabricação de etanol e 38% ao açúcar

A companhia de açúcar e etanol Jalles Machado registrou lucro líquido de R$ 120 milhões para o primeiro trimestre da safra 2022/23, aumento de 3,8% ante igual período do ciclo anterior, conforme balanço divulgado nesta quinta-feira.

A geração de caixa medida pelo Ebitda ajustado teve alta de 18,6% no comparativo anual, para 325,5 milhões de reais, enquanto a margem Ebitda aumentou 1 ponto para 73,5%.

A receita líquida aumentou 17%, para R$ 442,8 milhões, sendo 382,7 milhões provenientes do mercado interno, que cresceu 12,6%.

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A moagem de cana-de-açúcar da companhia atingiu 2,25 milhões de toneladas, aumento de 7% em relação ao primeiro trimestre da safra passada, com menor produtividade e maior volume de açúcares totais recuperáveis (ATR).

O mix de produção contou com 62% da matéria-prima destinada à fabricação de etanol e 38% ao açúcar. Com isso, a fabricação do biocombustível aumentou 17,3%, para 105,8 mil metros cúbicos e a de açúcar subiu 4,8%, a 105,7 mil toneladas.

“No trimestre, o ATR comercializado foi 2,5% menor, com destaque para a venda de etanol anidro (+348,5%) e de açúcar (2,9%), parcialmente compensados pela diminuição de etanol hidratado (-39,7%)”, disse a empresa.

A Jalles pontuou que o movimento do governo federal para amenizar a alta nos preços dos combustíveis (gasolina e diesel), por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição, “trouxe algumas incertezas para o setor”.

A empresa disse que, ao mesmo tempo, o governo e o Congresso sinalizam reconhecer a importância de se manter a competitividade do etanol, dada a grande contribuição para a descarbonização no Brasil e no mundo, adotando medidas compensatórias.

“Porém, ainda não está claro de que forma os créditos fiscais criados para os produtores de etanol com o objetivo de manter a competitividade frente a gasolina será realizada na prática”, afirmou.

A Jalles ressaltou que aproveitou o bom momento de preços do biocombustível no início da safra, principalmente entre abril e maio, antes das medidas do governo com alteração de impostos que reduziu os preços, construindo solidez financeira e forte posição de caixa.

“Dessa forma, temos a opção estratégica de limitar a venda de etanol até 31 de dezembro, quando se encerra a medida emergencial de isenção de impostos federais. O que não significa necessariamente que precisaremos fazer, caso as medidas compensatórias sejam esclarecidas.”

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