Ibovespa abre em queda após inflação nos EUA avançar acima do esperado

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Depois de fechar no zero a zero ontem (12), o Ibovespa abriu em queda nesta quarta (13), com recuo de 0,38%, aos 97.901 pontos. A Bolsa brasileira acompanha o pessimismo dos futuros de Nova York em dia de divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês).

O principal indicador da inflação norte-americana avançou acima do previsto em junho e chegou a 9,1% no acumulado de 12 meses, ante 8,6% em maio e estimativas de 8,8% do mercado. No recorte mensal, o avanço foi de 1,3% em junho, acima da previsão de 1,1%.

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Com a aceleração da inflação e os bons sinais do mercado de trabalho norte americano (indicado pelo payroll na última sexta), o mercado teme que o Federal Reserve (banco central dos EUA) pese a mão nos juros para conter o avanço dos preços e a medida resulte em uma recessão econômica.

O próximo encontro do comitê de política monetária dos EUA está previsto para o final deste mês. Membros do Fed deram indicações opostas à imprensa nos últimos dias sobre qual deverá ser o aumento dos juros. Alguns falam sobre repetir a dose de 75 pontos-base, enquanto outros defendem um aumento de 50 pontos-base.

Antes da divulgação do CPI, os futuros de Nova York apresentavam alta, na esperança do indicador de inflação vir dentro da projeção de 8,8%. Após os dados indicarem um avanço inesperado, o movimento se reverteu para forte queda.

Às 9h50 (horário de Brasília), o Dow Jones perdia 1,15%, o S&P 500 caía 1,66% e o Nasdaq recuava 2,41%.

O medo de uma recessão na principal economia do mundo continua a derrubar o preço das principais commodities. Ontem, a cotação do petróleo caiu para menos de US$ 100,00 pela primeira vez desde meados de abril, quando o barril Brent chegou a ser negociado a US$ 98,00.

Nesta manhã, a commodity manteve o seu patamar abaixo da linha dos US$ 100. Por volta das 9h50 (horário de Brasília), o barril Brent era negociado a US$ 98,48, com uma queda de 1,02% na cotação, enquanto o barril WTI perdia 1,17%, a US$ 94,72.

As notícias vindas da China também não são promissoras no sentido de melhora na demanda por commodities. O país voltou a adotar uma postura de tolerância zero aos contágios e pequenas cidades já apresentam restrições de mobilidade.

Depois de detectar apenas uma infecção, Wugang, que é um importante ponto de produção siderúrgica na província de Henan, anunciou que implementaria três dias de “controle rígido”.

Mas na sessão desta quarta, as Bolsas asiáticas tiveram um dia de alívio dos temores com Covid devido aos bons dados de exportações do país. Em junho, as vendas externas da China cresceram no ritmo mais rápido em cinco meses: foram 17,9% maiores do que um ano antes, o crescimento mais rápido desde janeiro, segundo dados da alfândega.

O índice Xangai fechou em leve alta de 0,09% e o Shenzhen subiu 0,93%. Em Tóquio, o Nikkei registrou alta de 0,54% e, em Seul, o Kospi subiu 0,47%. Em Taiewan, o Taiex teve alta de 2,68% e, a exceção foi o índice Hang Seng, que caiu 0,22%.

Já as Bolsas europeias acompanham o clima cauteloso de Wall Street. Às 10h00, Londres perdia 1,44%; Frankfurt caía 2,07%; Paris recuava 1,97%; Madrid registrava perdas de 2,08% e o índice europeu Stoxx 600 tinha queda de 1,85%.

Na Europa, o destaque tem sido a cotação do euro, que alcançou a mesma paridade do dólar na segunda e terça-feira. Já nesta quarta, a moeda única europeia caiu abaixo do valor de sua divisa norte-americana.

Segundo a Reuters, pela primeira vez em duas décadas, o euro chegou a ser negociado a US$ 0,998, queda de 0,4% no dia e nível mais baixo desde dezembro de 2002.

A moeda única perdeu mais de 10% do valor contra o dólar somente neste ano. A queda se acentuou hoje depois dos dados fortes de inflação nos EUA, que sinalizam novos aumentos nos juros.

Por aqui, a Câmara dos Deputados aprovou ontem (12), em primeiro turno, o texto-base da PEC dos Auxílios. Foram 393 votos favoráveis e 14 contrários à matéria. Hoje, os parlamentares irão analisar os destaques apresentados pelas bancadas, com sugestões de mudanças no texto.

O dólar comercial é negociado perto da estabilidade, com queda de 0,31% às 10h20 (horário de Brasília), cotado a R$ 5,421.

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