O setor de serviços brasileiro voltou a registrar ganhos em maio e acima do esperado, com avanços generalizados entre as atividades mesmo diante da inflação elevada no país.
O volume de serviços teve alta de 0,9% em maio sobre o mês anterior, registrando avanço de 9,2% na comparação com o mesmo período de 2021, de acordo com os dados divulgados hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Os dados ficaram bem acima das expectativas em pesquisa da Reuters de altas de 0,2% na base mensal e de 8,5% na anual.
A leitura mensal voltou a território positivo depois de recuo de 0,1% em abril, e deixa o setor 8,4% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020.
No entanto, o volume de serviços ainda está 2,8% abaixo do ponto mais alto da série histórica da pesquisa, de novembro de 2014.
Em maio, todas as cinco atividades pesquisadas tiveram resultado positivo, o que segundo o gerente do levantamento no IBGE, Rodrigo Lobo, se tornou mais frequente pelos efeitos da pandemia.
“Isso tem relação com a base de comparação baixa por causa dos efeitos das medidas de isolamento social, especialmente nos serviços de caráter presencial. De lá para cá, com a redução das restrições, essas atividades seguem em ritmo mais acelerado”, explicou ele.
Questões conjunturais como a inflação elevada e o desemprego alto ainda afetam a economia. Apesar de o setor seguir se beneficiando da abertura da economia pós-pandemia, pode enfrentar uma desaceleração dado o aperto nas nas condições monetárias e financeiras.
No mês, os destaques ficaram para os avanços de 0,9% tanto do setor de Transportes quanto do de Serviços de informação e comunicação. Somente o transporte de cargas avançou 1,8% no mês, atingindo o ponto mais alto da série histórica iniciada em janeiro de 2011.
“O transporte de cargas, especialmente o rodoviário, além de atender à demanda do comércio eletrônico e do setor agropecuário, também tem sido importante para o setor industrial, notadamente os bens de capital e os bens intermediários, que são as categorias de uso que operam acima do nível pré-pandemia”, disse Lobo.
O índice de atividades turísticas, por sua vez, cresceu 2,6% em maio, no terceiro resultado positivo consecutivo, acumulando no período ganho de 11,7%. Ainda assim, o turismo ainda está 0,1% abaixo do patamar pré-pandemia.
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