Safra 2021/22: produtores rurais tomaram crédito de R$ 293,4 bi

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Richard Hamilton Smith-Gettyimages

Produtores tomaram mais crédito para custear as lavouras no ciclo 2021/22

O Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) informou hoje (11) que o total das contratações de crédito rural na safra 2021/22 superaram em R$ 42,19 bilhões o que foi inicialmente colocado à disposição em junho de 2021, um montante de R$ 251,2 bilhões. O valor tomado foi maior, totalizando R$ 293,41 bilhões, um aumento de 19% em relação à safra anterior. O desempenho favorável ocorreu apesar de as operações de crédito rural com recursos equalizáveis terem permanecido suspensas durante quatro meses, exceto para custeio no âmbito do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar).

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Os números fazem parte do Balanço de Desempenho do Crédito Rural,  levantados pela SPA (Secretaria de Política Agrícola) do Mapa. Segundo a SPA/Mapa, isso ocorreu porque, no decorrer do ano-safra, a disponibilidade de recursos e concessão de financiamentos nas fontes livres e controladas, mas não equalizadas, a exemplo das LCAs e dos Fundos Constitucionais, respectivamente, superaram as expectativas.

Créditos Liberados e percentual em relação à safra 2020/21:

Custeio = R$ 160.065 bilhões,  mais 19%

Investimento = R$ 78.868 bilhões, mais 7%

Comercialização = R$ 34.757 bilhões, mais 38%

Industrialização = 19.724 bilhões, mais 58%

As regiões que mais se destacaram no desempenho do crédito rural, em relação ao valor e ao aumento das contratações na comparação com a safra anterior foram Norte, com R$ 22,89 bilhões (+28%), região Sudeste, com R$ 69,95 bilhões (+24%) e região Nordeste, com R$ 26,72 bilhões (+23%).

As regiões Nordeste e Sul se destacam por apresentarem maior número de contratos, se situando, respectivamente, em 735.776 e 578.338, que correspondem a 71% do total de contratos.

O aumento da demanda por crédito rural na safra 2021/2022 foi determinado principalmente pelo baixo nível das taxas reais de juros do crédito rural, negativas na maior parte do período, além dos estímulos de mercado, caracterizados pela elevação de preços dos produtos agropecuários.

O total do crédito rural concedido aos pequenos e aos médios produtores se situaram em R$ 33,62 bilhões (+13%), no âmbito do Pronamp, e em R$ 40,17 bilhões (+21%) no âmbito do Pronaf, sendo de R$ 219,61 bilhões (+20%) para os demais produtores.

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O fato de as operações subvencionadas de custeio, para os produtores familiares, não terem sido suspensas, somado ao aumento da participação dos recursos livres no financiamento aos demais produtores, contribuíram para que o total dos financiamentos de custeio atingisse R$ 160 bilhões (+19%). Em relação aos investimentos, o aumento foi de 7%, se situando em R$ 78,86 bilhões.

Entre os destaques estão os financiamentos de investimento realizados no âmbito do Programa para Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (Programa ABC), R$ 3,07 bilhões (+41%) e do Programa de Financiamento à Agricultura Irrigada e ao Cultivo Protegido (Proirriga), R$ 1,07 bilhão (+34%). Dentre os Fundos Constitucionais, destaca-se o crescimento de 37% nos financiamentos realizados ao amparo do FNE.

O diretor da Política de Financiamento ao Setor Agropecuário, Wilson Vaz de Araújo, destaca a importância da LCA para o funding do crédito rural, sobretudo para os grandes produtores, pois a utilização de recursos dessa fonte, cujas taxas de juros são livres, aumentou de R$ 38,52 bilhões na safra 2020/21 para R$ 57,81 bilhões (+50%) na safra 2021/22, respondendo por 20% das contratações totais. Além disso, a contribuição da Poupança Rural Livre para o funding do crédito rural, teve contratações de 47,88 bilhões, o equivalente a 16% das contratações totais.  (Com Mapa)

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