As exportações de soja do Brasil em 2022 deverão somar 76,8 milhões de toneladas, redução de 200 mil toneladas ante a estimativa divulgada em junho, enquanto o processamento da oleaginosa no país foi ajustado para cima, em ano em que a indústria registra boas margens para produção de farelo e óleo, apontou hoje (11) a Abiove.
A atualização mensal das estatísticas da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais de julho seguiu um padrão parecido com o registrado em junho, com aumento no previsão de processamento no país e redução na expectativa de exportação do grão, após uma safra ruim atingida pela seca em 2022.
A safra de soja do Brasil, maior produtor e exportador global, com colheita já encerrada, foi ajustada para 125,8 milhões de toneladas, 300 mil a mais do que o apontado na estimativa anterior. Mas o volume ficará 9,4% abaixo do recorde de 2021, segundo a Abiove.
Com isso, a exportação do grão deverá cair 9,3 milhões de toneladas na comparação com o patamar histórico de 2021, de 86,1 milhões de toneladas.
O processamento no Brasil foi estimado em recorde de 48,3 milhões de toneladas, 200 mil acima da previsão anterior e 519 mil a mais do que o visto em 2021, segundo dados da associação que reúne as principais tradings e indústrias do setor.
Com isso, a produção de farelo de soja do país em 2022 foi estimada em 37 milhões de toneladas, também ligeiro aumento na comparação mensal, versus 36,77 milhões em 2021.
A produção de óleo de soja deverá somar 9,8 milhões de toneladas, ante 9,75 milhões na previsão de junho, com crescimento na comparação com 2021 (9,64 milhões), apesar de uma mistura menor de biodiesel no diesel no país em 2022.
O consumo total interno deverá cair 100 mil toneladas de óleo na comparação anual, para 7,9 milhões de toneladas, com a redução no biodiesel sendo parcialmente compensada pela demanda para outros usos (óleo refinado para alimentação, gorduras destinado a indústrias químicas).
Já a exportação de óleo de soja do Brasil foi estimada em 2,15 milhões de toneladas em 2022, ante 2 milhões na previsão anterior e 1,65 milhão em 2021, com o país atendendo uma demanda adicional de países que antes compravam o óleo de girassol ucraniano, entre outros fatores.
A exportação anual de farelo de soja também foi revisada para cima, para 18,5 milhões de toneladas, versus 17,2 milhões em 2021.
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