Foi em fevereiro do ano passado que a Jaguar anunciou que reconstruiria réplicas do C-Type, modelo que nasceu exclusivamente para vencer as 24 Horas de Le Mans – o que ele cumpriu em 1951, na estreia, e em 1953, seu último ano de produção. A primeira unidade terminou os testes e está pronta para ser entregue.
Delegada ao Jaguar Classic Works, baseado em Coventry, Inglaterra, a reprodução de oito unidades se baseou na configuração do carro de corrida de 1953, mas com freios a disco e motor seis-cilindros em linha de 3,4 litros, carburador triplo e 220 cv. Diferente, portanto, dos 43 C-Types vendidos a clientes na década de 1950, com freios a tambor e motor de 200 cv.
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“Combinamos desenhos originais, técnicas CAD modernas e 3.000 horas de habilidade e dedicação para produzir nosso primeiro C-Type construído à mão”, explica David Foster, Chefe de Engenharia da Jaguar Land Rover Classic.
Um configurador virtual foi disponibilizado para os clientes escolherem entre oito opções de revestimento interno e 12 de cores externas.
À época do anúncio, a filial brasileira da empresa afirmou que “a Jaguar Land Rover não costuma abrir os valores, já que depende muito da especificação e confidencialidade entre a Jaguar Classic e nossos clientes. De qualquer forma, outros modelos do programa Continuation normalmente custam entre £ 1 milhão e £ 2 milhões”.
De acordo com a fabricante, os modelos Continuation são aprovados pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e podem participar de todos os eventos históricos da organização, incluindo o Jaguar Classic Challenge, que acontece em uma série de pistas de corrida diferentes, como Le Mans e Silverstone.
De par em par
O C-Type não é o único clássico que a Jaguar reconstrói. Há dois anos, empresa teve a ideia de relançar os dois E-Types exibidos no Salão de Genebra de 1961, onde fez sua estreia mundial.
A história é a seguinte:
Para apresentar sua novidade no evento suíço, a Jaguar trouxe um exemplar direto da sede, em Coventry, Inglaterra, rodando, guiado pelo então gerente de relações públicas da empresa, Bob Berry no modo “flat out”, gíria em inglês para “pé em baixo”.
O cupê, pintado na cor Opalescent Gunmetal Gray e com placas 9600 HP, chegou ao Parc des Eaux Vives minutos antes de Sir William Lyons, fundador da marca britânica, apresentar o lançamento para convidados e jornalistas.
Tal foi a demanda por test-drives e por fotos e o frenesi ao redor do lançamento, que Lyons mandou o engenheiro e piloto Norman Dewis “drop everything” (largar tudo) e trazer a outra unidade de pré-produção do esportivo para Genebra, também rodando. Esta, um conversível pintado na lendária British Racing Green, placas 77 RW.
Corta para 2021.
Para celebrar o 60º aniversário do E-type, a Jaguar restaurou 12 unidades que homenageiam os modelos do Salão de Genebra, considerados os mais antigos e importantes. Batizados de “Flat Out Grey 9600 HP” e “Drop Everything Green 77 RW”, são vendidos apenas formando o par.
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