A Audi começa nesta sexta-feira (1) a receber encomendas para o Q5 55 TFSIe quattro, versão híbrida do SUV médio da empresa, presente no mercado nacional desde 2008 e a partir de 2017 na segunda e atual geração. Cada uma das 300 unidades do lote inicial partirá de R$ 413.990.
Na comparação com os rivais, o Audi é o mais caro entre os utilitários esportivos de porte médio do segmento premium: um Volvo XC60 Recharge parte de R$ 389.950, enquanto que para estacionar um BMW X3 xDrive30e na garagem custa R$ 399.950.
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Fabricado na planta de San José Chiapa, no México, o modelo está disponível nas carrocerias SUV e Sportback, versões Performance e Performance Black, e inaugura no país a nova família de motores Plug-In (PHEV). Já presente no mercado de elétricos, a Audi agora chega aos híbridos.
“Usamos toda a nossa expertise na venda de veículos 100% elétricos no Brasil para trazer os novos Audi Q5 TFSIe quattro, um utilitário de luxo com motorização híbrida para atender aos consumidores que preferem realizar uma transição gradual dos modelos à combustão para os totalmente elétricos”, explica Daniel Rojas, CEO e Presidente da Audi do Brasil.
Como é
A bateria em íon-lítio de alta tensão está localizada abaixo do piso do porta-malas, é composta por 104 células prismáticas e possui capacidade de armazenamento de energia de 17,9 kWh com uma tensão de 381 volts. Para o controle ideal de temperatura, o seu circuito de refrigeração é conectado tanto ao circuito de refrigeração do sistema de ar-condicionado quanto ao circuito de baixa temperatura que alimenta o motor elétrico.
Sua garantia é de oito anos ou até 160 mil quilômetros, e para recarregá-la o Q5 é acompanhado por um sistema de carregamento compacto para garagem.
Há quatro modos de condução, selecionáveis pelo motorista. O modo EV (Veículo Elétrico) é o padrão sempre que o veículo é ligado e conduzido exclusivamente no modo elétrico, desde que o condutor não pressione o pedal do acelerador até o seu fim de curso – e haja bateria, obviamente.
No modo Hold, a capacidade da bateria é mantida no estágio atual. Já no modo Charge, o sistema de gerenciamento de acionamento aumenta a quantidade de energia na bateria com o auxílio do motor à combustão. Assim como na recuperação, o motor elétrico funciona como gerador para carregamento da bateria.
Como anda
Em um breve test-drive, Forbes Motors experimentou o modelo e testemunhou o poder do motor 2.0 turbo acoplado ao propulsor elétrico síncrono de imãs permanentes, que juntos somam 367 cv e 51 kgfm de torque, orquestrados por uma transmissão de sete velocidades. Dados da Audi cravam aceleração até os 100 km/h em 5,3 segundos – o que nos pareceu coerente com a disposição nas arrancadas em que afundamos o pé no acelerador.
Não que o Q5 seja moroso quando equipado apenas com motor a combustão, mas surpreendeu a vontade de acelerar do SUV, cuja proposta é familiar, e não esportiva. Gostamos também de como o SUV consegue se manter no modo elétrico por longas distâncias. Segundo a marca, é possível chegar aos 135 km/h apenas na eletricidade. Nesse modo, a autonomia varia entre 56 e 62 km.
No mais, o Q5 se destaca pelo habitual generoso espaço interno, pela posição de guiar confortável e o acabamento que prefere a elegância à ostentação.
A cada contato com um modelo Audi, nota-se que a empresa acertou o tom do Virtual Cockpit, um painel de instrumentos digital de 12,3 polegadas que transmite a esportividade desejada pela marca, oferece muitas informações e é fácil de ler.
Entre os equipamentos de série, há ar-condicionado automático de três zonas, controle de cruzeiro adaptativo e aviso de saída de faixa, faróis Full LED Matrix, lanternas com três tipos de assinaturas exclusivas, entre outros.
Auto Union, 90
O Q5 55 TFSIe quattro estreia no Brasil dois dias após a Auto Union completar 90 anos.
Auto Union é o conglomerado fundado em 29 de junho de 1932 formado pelas marcas que compõem o símbolo de quatro argolas: Horch, Wanderer, DKW e a própria Audi.
Enquanto a Horch fabricava modelos destinados à elite alemã, a Audi Automobil-Werke (depois Audiwerke AG) fornecia modelos requintados, mas num patamar inferior. Algo como os médios luxuosos. As demais atendiam a outros setores. A DKW o de motos e carros compactos, enquanto a Wanderer ficou com os médios mais espartanos.
E assim foi até a Segunda Guerra Mundial devastar a Alemanha. A Auto Union então praticamente morreu após o desmantelamento das plantas de Chemnitz, Zwickau e Zschopau.
Novamente reorganizada, a Auto Union foi comprada em 1958 pela Daimler-Benz, que em 1964 vendeu a empresa das quatro argolas à Volkswagen. Cinco anos mais tarde, a NSU também seria adquirida pela fabricante do Fusca. No final de 1966, a Volkswagen já era dona de 100% da Auto Union antes de tomar também a NSU, formando um novo grupo: Audi NSU Auto Union AG. Foi por aí que a Audi começou a ter vida própria, com modelos robustos e tecnológicos.
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