O velho dilema da relação entre robôs e seres humanos: substituição ou complemento? Esse assunto foi trazido de volta ao palco do Collision, evento de tecnologia e inovação que ocorre em Toronto, no Canadá, por Robert Playter, diretor da Boston Dynamics, fabricante e desenvolvedora do robô Spot que, nos últimos anos vem sendo aprimorado.
De acordo com Robert, é comum que o tema ainda desperte polêmicas e ansiedades, no entanto, para ele, é importante que os robôs deixem de ser vistos como substitutos e assumam um papel no imaginário que tenha relação como complementariedade. “Nosso papel é desenvolver robôs que possam desempenhar funções complementares junto com as pessoas nos locais de trabalho e não que os substituam”, destacou.
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Ainda de acordo com Robert, os testes feitos pelo Spot nos últimos anos sugerem, inclusive, a importância de ter os robôs em locais perigosos ou insalubres, por exemplo, como armazéns, zonas químicas e petrolíferas, entre muitos outros. “Além disso, tem uma questão ergonômica e de resguardo transferindo aos robôs aquilo que prejudica a saúde humana. Muitas indústrias já o fazem e reduzem tempo de afastamento ou problemas de saúde de seus colaboradores.”
O executivo seguiu com o discurso e ressaltou que um dos propósitos da empresa é, justamente, de tornar o mundo natural como inspiração para as máquinas. “Mas para isso, é importante que haja equilíbrio, um elemento básico da natureza e das relações e que deve existir também na dinâmica e na coexistência entre robôs e seres humanos.”
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Inteligência artificial e algoritmos
Os robôs da Boston Dynamics, que utilizam inteligência artificial da IBM, vêm sendo aprimorados nos últimos anos, não só no hardware, mas também no software, explicou Robert. “Os algoritmos têm nos ajudado a testar e transformar os robôs também em grandes centrais de dados que medem o desempenho de vários equipamentos em uma fábrica, por exemplo, o que identificam falhas em operações, processos e sistemas”, explicou.
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