É típico do mercado nacional: diante da necessidade de reorganização de gama, ou às vezes na passagem de uma geração a outra, a versão esportiva é quase sempre a primeira a se despedir. Geralmente sinônimo de baixo volume de vendas, é tida como supérfluo.
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Há muitos exemplos de esportivos com vida curta por aqui. No passado, Fiat Tempra Stile, Chevrolet Vectra GSI…Recentemente, Peugeot 208 GT, Honda Civic Si…
O Volkswagen Jetta GLI – que há dois meses apareceu repaginado nas concessionárias e hoje lida com uma demanda maior do que a oferta – é exceção. Um ano atrás, a Volkswagen decidiu cancelar a oferta das versões Comfortline e R-Line, configurações (de entrada e intermediária) equipadas com motor 1.4 de 150 cv, mas manteve o mais caro e potente GLI.
Antigamente protagonistas no mercado nacional, sedãs médios foram abocanhados por SUVs compactos e têm enfrentado drástica queda nas vendas. Mas então como um sedã esportivo – nicho do nicho – consegue resistir?
“Temos uma fortaleza de marca com o que se criou no passado, com os GTS e GTI. Então sempre discutimos como podemos aproveitá-la mais”, explica Roger Corassa, vice-presidente de Vendas e Marketing da Volkswagen, se referindo clássicos como Gol GTi e Passat GTS Pointer.
“Não temos expectativa de grandes volumes, mas sim de atender um cliente que ainda faz questão de um carro com desempenho diferenciado”, conclui.
Segundo o executivo, clientes chegam a esperar até 90 dias por um Jetta GLI zero-quilômetro. O modelo vem importado do México por R$ 216.990, em lotes de poucas unidades.
Ainda de acordo com Corassa, um novo lote está sendo negociado para diminuir a fila de espera.
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