Como vencer a síndrome da impostora

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Ilustração por Matija Medved

Minha resposta para as mulheres que se perguntam como superar a síndrome da impostora é “use a sua voz”

Se você quer fazer a diferença ao escalar no mundo corporativo, faça algo para ser ouvida

— Katie R., líder de design de UX, via LinkedIn.

Se você é um ser humano, provavelmente já se sentiu uma impostora alguma vez. Como adultas, como profissionais, como mulheres e, principalmente, como mulheres na área da tecnologia.

As mulheres respondem por apenas 16% dos empregos de tecnologia de nível sênior nos EUA e apenas 10% dos cargos executivos, de acordo com o estudo Quantifying Gender Gap da Entelo, uma empresa que ajuda recrutadores a encontrar candidatos a empregos sub-representados.

Minha resposta para as mulheres que se perguntam como superar a síndrome da impostora é “use a sua voz”.

Um dos meus filmes favoritos, “Melhor é Impossível”, resumiu bem isso quando o personagem de Greg Kinnear diz a Jack Nicholson: “A melhor coisa que você tem a seu favor é sua disposição para se humilhar”.     

Certamente não estou sugerindo que você se envergonhe propositalmente em uma sala cheia de colegas de trabalho, mas estou te encorajando a se arriscar, falar e dar sua opinião quando ela não for solicitada.

Vá em frente e faça aquela pergunta que você acha que todo mundo já sabe a resposta. Em pequenas conversas e grandes reuniões, lembro dessa frase, ainda mais em momentos em que estou cheia de dúvidas.

É verdade que ficar fora do radar pode ser reconfortante. Ao fazer o mínimo que sua função exige, você ainda pode manter seu salário. Não correr riscos pode ser uma maneira segura de evitar falhas. Também é uma boa maneira de garantir que nada de extraordinário aconteça.

Se você quer fazer a diferença ao escalar no mundo corporativo, faça algo para ser ouvida. Pode não dar certo sempre, mas garanto que dará na maioria das vezes.

Aqui está o que mais eu aprendi em situações difíceis que passei na minha trajetória. 

Você é qualificada

Muitas mulheres que conheci se afogam em ansiedade sobre as qualificações que acham que estão faltando em comparação com seus colegas homens ou colegas em geral. Mas venho contratando pessoas há tempo suficiente para saber que os recrutadores valorizam mais a disposição do que o conhecimento.

Lembre-se de que profissionais inteligentes e experientes te avaliaram, perceberam seu potencial, acharam que você agregaria valor e te contrataram. Eles sabiam o que estavam fazendo, o que significa que você também sabe. Ou, pelo menos, você vai aprender.

Ninguém executa perfeitamente o trabalho desde o início e, se fizesse isso, estaria pronto para o que vem a seguir. Eles esperam que você cresça em sua função atual e você terá (ou deverá ter) espaço para isso.

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A confiança é, em parte, uma ilusão

Quantas vezes você se sentiu nervosa, mas agiu como se fosse tranquila e controlada?

Muitas vezes estamos cercadas de colegas que parecem confiantes em trocar opiniões enquanto nos sentimos como a observadora assustada tentando não ser pega na conversa cruzada. 

Não se engane. Eles têm suas próprias dúvidas e garanto que, se você tiver uma pergunta, outra pessoa na sala deve estar pensando a mesma coisa. Seja a pessoa que fala. Com o tempo, você ficará mais confortável e se tornará uma referência na equipe.

“Eu faço”

Você está em mais uma reunião e uma ação surge junto com a pergunta inevitável: quem vai lidar com isso?

Você.

Pode ser um assunto sobre o qual você tem pouco ou nenhum conhecimento. Pode ser intimidante. Se voluntarie de qualquer forma. Nada aumenta tanto sua autoconfiança como enfrentar novos desafios e ter sucesso.

Aprender à medida que avança aumenta sua experiência. Quando você está empacada em alguma coisa, tem uma empresa inteira de colegas para trocar e entrar em contato com elas também aumenta sua visibilidade. No final, você terá substituído a síndrome da impostora por experiência, conhecimento e confiança.

Tome iniciativa

Ainda não trabalhei em uma empresa que faz tudo com perfeição. Isso parece ruim, mas você pode transformar em algo positivo, encontrando as lacunas no processo e nas ferramentas e melhorando-as.

Não espere que alguém te peça para investigar um problema; tome a iniciativa. Fique atenta às formas de otimizar as metodologias existentes ou crie novas. Você impressionará os líderes, ajudará seus colegas e diminuirá ainda mais sua própria síndrome da impostora. 

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