A Etermax, desenvolvedora argentina de games, está lançando um plano de investimentos de R$ 50 milhões para a América Latina. O objetivo da empresa é expandir a área de games mobile, blockchain, metaverso, gamificação e adtech. O pacote, de acordo com Maximo Cavazzani, CEO e fundador da companhia, inclui investimento em projetos de criptomoedas e NFTs, aposta em tecnologias de imersão como AR e VR, além da experimentação em novos formatos de entretenimento.
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Com exclusividade à Forbes Brasil, Maximo fala sobre a expansão e o que representa o Brasil como mercado consumidor de games. “É um mercado muito importante, tanto por ser um grande termômetro e influenciador da comunidade gamer para o resto da América Latina, quanto pela posição que ocupa entre os usuários dos nossos produtos”, explica o executivo.
Forbes Brasil – Nesta expansão de Blockchain, VR e plataformas de vídeo, qual é a importância do Brasil em termos de volume, negócios e mercado?
Maximo Cavazzani – O Brasil é um mercado muito importante para a Etermax, tanto por ser um grande termômetro e influenciador da comunidade gamer para o resto da América Latina, quanto pela posição que ocupa entre os usuários dos nossos produtos. Tendo em vista essa importância, também escolhemos o país como um passo natural para nossa expansão de negócios regionais em 2019.
FB – Sobre a expansão para blockchain e o metaverso, por que o mundo dos videogames está olhando cada vez mais para este ecossistema?
Maximo – Estamos convencidos de que a Web3, o metaverso e a criação de conteúdo social e interativo não são apenas tendências, mas impulsionadores de novas contribuições positivas da tecnologia nas pessoas e nas sociedades para um maior desenvolvimento da criatividade e, consecutivamente, do talento humano. Da mesma forma que a internet revolucionou diversos aspectos do nosso cotidiano, tanto a realidade virtual quanto o blockchain chegaram para redobrar a aposta e impactar profundamente a forma como interagimos. Estamos falando de novas plataformas que vão além do valor de uma criptomoeda ou do uso de um óculos de VR. São plataformas que, de forma geral, propõem um ecossistema aberto e descentralizado com um potencial incrível de impacto positivo e de longo prazo. Os games e o entretenimento têm um papel fundamental nesse contexto.
FB – Gostaria que você falasse um pouco sobre o setor de Adtech. Além de se tornar relevante nos últimos anos e da importância desta nova linha de negócio (publicidade), quão sofisticado ele se tornou?
Maximo – O setor de publicidade se transforma tão rapidamente quanto a mídia e o entretenimento, e muitas vezes isso acontece até mesmo sem que a gente perceba. A publicidade digital existe pelo menos desde 1994. Hoje, ela representa 58% do investimento publicitário global, segundo especialistas. Desde esse momento, a forma como se compra e vende espaço na web evoluiu dando grandes e silenciosos passos. Essa evolução é a da AdTech ou Advertising Technology, ou seja, a tecnologia aplicada para administrar e otimizar a publicidade on-line. Em outras palavras, é tudo o que acontece sob o guarda-chuva de um aplicativo, um site ou até mesmo um espaço publicitário digital para vermos um determinado aviso.
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FB – Você poderia fazer um esboço do investimento e os lucros projetados para estes novos projetos?
Maximo – Projetamos investimentos iniciais de US$ 10 milhões para os próximos dois anos. Eles estarão destinados ao desenvolvimento à reinvenção destas tecnologias para abordar propostas que não só entretenham, mas que também gerem grande impacto nas pessoas, na conexão com a tecnologia, na formação de comunidades e para fomentar a curiosidade e o conhecimento.
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