A Embrapa Meio Ambiente, sediada no município de Jaguariúna (SP), anunciou hoje (14) a assinatura de um acordo de cooperação técnica com o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e a Abelha (Associação Brasileira de Estudos das Abelhas). As três entidades trabalharão na criação e distribuição de conteúdos sobre as áreas de apicultura (criação de abelhas com ferrão) e meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão).
Com a iniciativa, as instituições pretendem impulsionar a profissionalização e o desenvolvimento sustentável das atividades no Brasil. Serão produzidos cursos, cartilhas e materiais instrucionais já publicados gratuitamente na plataforma do Senar. São cinco vídeos com conteúdo ministrado por Cristiano Menezes, pesquisador da unidade da Embrapa, que versam sobre temas como a alimentação dos insetos e como realizar a colheita do mel.
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“O potencial do Brasil com a atividade de criação de abelhas é enorme, seja com a produção de mel e outros subprodutos, seja no consórcio com a agricultura, graças ao serviço de polinização”, explica Ana Lucia Assad, diretora executiva da Abelha. “Para subirmos de patamar, a capacitação dos apicultores e agricultores brasileiros é fundamental.”
Cerca de 101,7 mil estabelecimentos no país trabalham com a apicultura ou meliponicultura e 60% dos 191 cultivos destinados à produção de alimentos no Brasil são visitados por polinizadores, segundo a BPBES (Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos).
Para Vilton Júnior, assessor técnico da diretoria de educação profissional e promoção social do Senar, o acordo expandirá o acesso das populações rurais a conteúdos relevantes do tema. “São três instituições de grande relevância para a cadeia produtiva da apicultura e meliponicultura que se unem para levar ainda mais conhecimento a um segmento que vem apresentando um crescimento exponencial no Brasil”.
A Embrapa Meio Ambiente também anunciou que todo o conteúdo elaborado pela cooperação pode ser utilizado em trabalhos de campo realizados pelos extensionistas da entidade. “Se as pessoas colocarem em prática o que a ciência já sabe, vamos ver o setor decolar nos próximos anos”, acredita Cristiano Menezes.
Segundo levantamento do Ministério da Economia, no ano passado, o faturamento com a exportação de mel natural cresceu 65,7%, chegando a US$ 163,3 milhões (R$ 836,5 milhões). No total, foram 47 mil toneladas exportadas para países como Estados Unidos, China, França, Noruega e outros.
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