Em 2010, Rachael Rapinoe – irmã gêmea da capitã da seleção feminina de futebol dos EUA, Megan Rapinoe – teve que pendurar suas próprias chuteiras. Como atleta profissional e treinadora de desempenho, lutando contra lesões de uma vida inteira de esportes competitivos, ela se tornou dependente de drogas vendidas com e sem prescrição – mesmo que isso a fizesse sentir mal e impedisse seu desempenho em campo.
Quando começou a procurar alternativas para o problema, Rapinoe aproveitou o poder de ingredientes totalmente naturais. Ela descobriu que extratos de cânhamo de alta qualidade e compostos vegetais poderiam redefinir o significado de saúde e bem-estar e ajudar não apenas a controlar a sua dor, mas também a dormir melhor e combater o estresse.
Inspirada em levar essa solução para outras pessoas – principalmente mulheres – Rachael Rapinoe lançou a Mendi em 2019, tendo sua irmã Megan como conselheira e fã. A marca cria produtos feitos de cânhamo e compostos de plantas provenientes do estado americano do Oregon.
As gomas de mascar, tinturas e soluções tópicas são projetadas para ajudar a combater o estresse, a falta de sono e a dor. “Sou uma atleta nata e competidora de futebol, basquete, atletismo, natação, ciclismo, corrida, já fiz tudo isso”, diz a fundadora. “Eu levei meu corpo ao limite, sofri muitas lesões e fiz uso de opióides ao longo dos anos. Entendi que uma recuperação de corpo inteiro inteligente e saudável pode levar a uma vida muito mais gratificante.”
Com a Mendi, ela busca capacitar atletas e pessoas com estilos de vida ativos para se sentirem melhor física e mentalmente. E pretende construir uma marca segura, acessível e ousada, defendendo mulheres e comunidades marginalizadas no cenário da cannabis, esportes e cultura.
Rapinoe diz que sabia desde jovem que seu trabalho seria um canal para a cura. “Seja qual for a minha carreira, sempre terá um propósito fundamental de ajudar os outros a se sentirem melhor”, diz. “Ajudar os outros a ter uma versão melhor e mais saudável de si mesmos sempre foi meu objetivo.”
Os maiores desafios de seguir nessa carreira com a Mendi são em relação à responsabilidade que ela assume. “Oferecemos cura para as pessoas, e isso pode ser um fardo pesado”, diz. “Sentimos muita compaixão por nossos clientes que estão lutando. Com toda a mágoa e dor do mundo, gostaríamos de curar tudo. E, às vezes, o trabalho que fazemos não parece suficiente.”
E, no entanto, Rapinoe é recompensada diariamente ao ver como o seu trabalho está de fato melhorando a qualidade de vida das pessoas de maneiras que nunca havia imaginado.
A fundadora da Mendi deixa um conselho para a próxima geração de mulheres empreendedoras: “Seja exatamente quem você é e não tente se encaixar em nenhum estereótipo. Confie em você e saiba que os números não mentem; quando as mulheres recebem investimento e oportunidades, todos se beneficiam.”
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