O Ibovespa recua na abertura do pregão de hoje (10), com queda de 1,18%, aos 105.828 pontos, às 10h15 (horário de Brasília). O principal índice da Bolsa brasileira segue o mercado internacional, que opera majoritariamente em queda.
Investidores aguardavam a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA. Dados mostraram que a inflação norte-americana subiu 1% em maio ante abril (+0,3%), acima das expectativas de analistas, que previam 0,7%. Com isso, o índice mostra que a inflação nos últimos 12 meses chegou a 8,6%, maior variação desde dezembro de 1981.
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A alta, reflexo dos custos da gasolina, sugere que o Federal Reserve, o banco central norte-americana, pode continuar com altas de 0,50 ponto percentual nos juros até setembro para combater a inflação.
Por volta das 10h15, Dow Jones futuro recuava 1,18%; S&P 500 perdia 1,33% e Nasdaq apontava desvalorização de 1,58%. O dólar comercial operava em alta de 0,46%, a R$ 4,93.
As bolsas europeias seguem o mau humor dos mercados, que repercutem os dados do CPI, e operam em baixa nesta manhã. Os índices caem um dia após o Banco Central Europeu (BCE) anunciar que subirá os juros em julho e setembro.
O Stoxx 600 recuava 1,98%; na Alemanha, o DAX perdia 1,91%; na França, o CAC 40 operava em queda de 2,07%; na Itália, o FTSE MIB recuava 4,33%; no Reino Unido, o FTSE 100 caía 1,72%.
Na Ásia, os indicadores encerraram a semana sem uma direção única, com a maior parte das Bolsas fechando em queda, com exceção de Xangai que registrou alta (+1,42%). Em Tóquio, o Nikkei perdeu 1,49%. Kospi, em Seul, perdeu 1,13% e, em Hong Kong, o Hang Seng desvalorizou 0,29%. Em Taiwan, o Taiex recuou 0,97%.
Cenário doméstico
Por aqui, o destaque da agenda econômica ficou para as vendas no varejo, que registraram alta acima do esperado em abril, com ganhos de 0,9% ante o mês anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados ficaram acima das expectativas do mercado.
E no radar corporativo, a Eletrobras (ELET3; ELET6) confirmou que sua oferta de ações para privatização foi precificada em R$ 42,00 por ação, levantando um total de R$ 29,29 bilhões.
Com forte demanda pelos papéis, de quase R$ 70 bilhões, a operação da elétrica brasileira na Bolsa configurou-se como a segunda maior do mundo este ano, e a maior oferta de ações em 12 anos no Brasil, desde a capitalização da Petrobras em 2010. (Com Reuters)
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