Ibovespa abre em queda e perde 110 mil pontos com risco fiscal no radar

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O Ibovespa abriu em queda hoje (8), com um recuo de 0,84%, a 109.131 pontos, às 10h10 (horário de Brasília). O principal índice da Bolsa brasileira segue pressionado com a proposta do governo federal para a redução dos preços dos combustíveis e a cautela no exterior pela preocupação com inflação e juros.

A medida do governo prevê um teto de 17% na cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre combustíveis e energia elétrica. O texto também indica que os estados que zerarem a incidência do imposto sejam ressarcidos pela União.

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Porém, durante o anúncio da PEC (Proposta de Emenda à Constituição), não foi dito de onde sairão os recursos para o pagamento dos estados e nem se haverá uma compensação para o buraco que ficará nas contas públicas.

Está previsto para hoje que o relator, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), apresente detalhes do projeto, incluindo a definição desses valores.

A preocupação do mercado é de que a medida seja ineficiente e aumente o risco fiscal, visto que ainda existe uma defasagem de cerca de 40% entre o preço do petróleo no mercado internacional e os ajustes promovidos pela Petrobras (PETR3 e PETR4) até aqui. Isso significa que, mesmo com a redução da alíquota para zero, ainda existe um potencial de alta para o preço dos combustíveis.

Internacional

Lá fora, juros e inflação movimentam as bolsas internacionais. Os mercados aguardam a decisão da política monetária do BCE (Banco Central Europeu), prevista para amanhã (9). A expectativa é por um anúncio de alta nos juros a partir de julho, em 0,5 pontos percentuais, para controlar a inflação que já está quatro vezes acima da meta de 2% no ano.

Outro dado importante que é aguardado pelo mercado é o IPC (índice de preços ao consumidor) dos Estados Unidos, na sexta-feira (10). Os dados podem ajudar os investidores a entender os próximos passos do Federal Reserve (banco central americano) no ciclo de aperto monetário no país.

Na expectativa dos números e preocupação em relação ao crescimento econômico dos países em meio a inflação global, as bolsas operam em queda hoje.

Na Europa, o FTSE 100, de Londres, recuava 0,60%, o DAX, da Alemanha, perdia 0,75% e o índice geral Stoxx 600 caía 0,91% às 9h50 (horário de Brasília).

Os futuros de Nova York seguiam pelo mesmo caminho, com o Dow Jones perdendo 0,53%, o S&P 500, -0,52%, e o Nasdaq, -0,53%, no mesmo horário.

Em contrapartida, os índices na China alcançaram suas máximas em dois meses nesta quarta. O mercado de lá renova suas esperanças de crescimento após uma recuperação na demanda da região com o alívio das restrições por Covid-19.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 0,97%, a máxima desde 8 de abril, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,68%, ao menor nível desde 6 de abril.

Em Tóquio, o índice Nikkei avançou 1,04%, a 28.234 pontos e em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 2,24%, a 22.014 pontos.

Já o dólar diminuiu seus ganhos após uma disparada de 1,61% ontem (7). Mas a moeda norte-americana mantém sua alta à medida que investidores aguardam os próximos passos de política monetária dos principais bancos centrais do mundo e avaliam as perspectivas fiscais do Brasil.

Às 10h05 (horário de Brasília), o dólar comercial subia 0,27%, a R$ 4,8878 na venda.

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