Preços do petróleo sobem após UE cortar importações russas

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Pascal Rossignol/Reuters

Com alta na última sessão de maio, petróleo fecha seu sexto mês seguido de elevação nos preços

Os preços globais do petróleo subiram para o maior valor em dois meses depois que a UE (União Europeia) divulgou, na noite de ontem (30), um novo conjunto de sanções contra a Rússia. Os líderes europeus decidiram pela proibição de dois terços de todas as importações do petróleo russo pelos países do bloco.

Com isso, hoje (31), os contratos futuros de petróleo Brent para julho subiram 1,91%, para US$ 124 o barril — maior valor desde março. Já os futuros do petróleo WTI tiveram uma alta ainda mais acentuada, de 3,56%, para US$ 119.

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Segundo a Reuters, ao fim do pregão desta terça, que marca o fechamento do mês de maio, a cotação internacional do petróleo irá bater seu sexto mês consecutivo de aumento nos preços e também o maior período de ganhos mensais em mais de uma década.

A medida definida pela União Europeia é o sexto pacote de sanções contra o país de Vladimir Putin, em resposta à invasão da Ucrânia.

Além da proibição imediata de dois terços das importações, o bloco também se comprometeu a limitar a 90% as importações de petróleo russo até o fim de 2022. Isso inclui entregas marítimas, bem como a Polônia e a Alemanha interrompendo suas próprias importações de petróleo por gasoduto.

Porém, nem todos os países da UE conseguem acatar a definição. Os 10% restantes correspondem a países isentos do embargo, casos de Hungria, Eslováquia e República Tcheca, que dependem da entrega de combustíveis pelo gasoduto Druzhba, a partir da Rússia.

João Beck, economista e sócio da BRA, destaca que a medida representa um risco para a Europa, porque “força o bloco a romper sua dependência de décadas da energia originada da Rússia”.

“É o golpe mais duro e será o maior impacto econômico já visto desde o início da guerra, tanto para a Rússia quanto para a Europa. De toda a arrecadação fiscal russa, o petróleo responde por 45%. O país pode compensar parte do ônus redirecionando as exportações para a Ásia, mas nada compensa o mercado europeu.”

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