A Raízen deverá acelerar o plano de expansão de unidades de E2G (etanol de segunda geração), uma vez que os preços e contratos de longo prazo dão segurança para a companhia desenvolver o programa, disseram executivos a investidores hoje (25).
“Três plantas (de E2G) por ano virou o nosso padrão mínimo para entrega a partir de agora, a ideia é acelerar”, disse o CEO, Ricardo Mussa.
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O plano base da empresa, joint venture da Cosan com a Shell, é de expansão de duas unidades por ano.
“O mercado com demanda tão forte como está, gostaria de acelerar esse processo”, justificou Mussa.
A companhia possui uma unidade de E2G em operação e outras três em construção.
Na semana passada, Mussa já havia dito durante conferência sobre os resultados do primeiro trimestre que os preços do etanol avançado, diante dos contratos de longo prazo firmados, mais do que compensam um aumento de investimento anunciado para a temporada 2022/23.
Até 2030/31, o plano é ter 20 unidades de E2G.
Quando a empresa consegue um contrato de longo prazo e “não tem risco de preço e volume”, um Capex “grande” para E2G, depois de depreciado, acaba sendo compensado por um custo operacional baixo em relação ao etanol de primeira geração, disse ele.
Sobre diesel, Mussa disse que Raízen, uma das maiores distribuidoras de combustíveis do Brasil, vê o mercado mais apertado, em meio aos impactos da guerra na Ucrânia.
Mas ele ressaltou que ter a Shell como acionista e atuação em outros países do Mercosul, como Argentina e Paraguai, são diferenciais para atravessar conjuntura.
O mercado de diesel não vai arrefecer, disse Mussa, citando um período de maior demanda no segundo semestre e a temporada de furacão nos Estados Unidos, que aumenta os riscos de interrupções na oferta.
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