O principal índice da Bolsa brasileira iniciou o pregão de hoje (24) em queda de 1,20%, aos 109.019 pontos, às 10h10, horário de Brasília. O Ibovespa seguiu os caminhos dos mercados globais, após iniciar a semana em campo positivo.
No cenário doméstico, o dia é agitado. O mercado irá digerir a demissão de José Mauro Ferreira Coelho da presidência da Petrobras (PETR3; PETR4), após 40 dias no cargo. O anúncio foi dado na noite de ontem (23).
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Ainda na agenda interna, saíram os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, nesta manhã. O indicador registrou alta de 0,59% frente aos 0,45% esperados pelo mercado. No mês anterior, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou alta de 1,73%.
“Os números mostraram-se mais pressionados do que esperávamos, o que mostra uma péssima dinâmica inflacionária, que deverá impulsionar nossa perspectiva para o IPCA do ano, ainda em 8,2%, para cima”, avalia Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.
Internacional
Os futuros de Wall Street registram perdas nesta manhã. O Dow Jones caia 0,53%, enquanto o S&P500 perdia 0,98% e Nasdaq perdia 1,63. O dólar comercial recua 0,17%, a R$ 4,79.
Por lá, serão divulgados os PMI’s (índice de gerentes de compras) da indústria e do setor de serviços. Além disso, investidores aguardam pistas sobre a política monetária em discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em um evento com empresários.
Na Ásia, as ações caíram hoje, após medidas mais rigorosas contra a Covid-19 em Pequim reacenderam as preocupações com a desaceleração do crescimento, apesar das promessas de mais apoio econômico.
O índice Xangai perdeu 2,41% e o Shenzhen recuou 3,62%. Em Tóquio, o Nikkei caiu 0,94%. Em Hong Kong, o Hang Seng recuou 1,75% e o Kospi teve queda de 1,57%. Em Taiwan, o Taiex perdeu 1,19%.
Os números diários de Covid-19 na China continuam sendo observados de perto pelos investidores. Pequim informou ontem (23) 99 novas infecções no dia anterior, a maior contagem diária até agora durante o surto de um mês.
Na Europa, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, disse hoje que vê a taxa de depósito do BCE em zero ou “ligeiramente acima” até o final de setembro, o que sugere um aumento de pelo menos 0,50 ponto percentual em relação ao seu nível atual.
As declarações dela mantiveram vivas as especulações sobre aumentos maiores dos juros pelo BCE para combater a inflação recorde, em parte resultado do aumento dos preços da energia devido à invasão russa da Ucrânia, bem como o grande estímulo do setor público durante a pandemia. (Com Reuters)
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