A tecnologia como ferramenta de gestão

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Somyot Techapuwapat/Getty Images

Acredito que o uso de ferramentas padronizadas é vital para a gestão de qualquer empreendimento

Nos tempos atuais, diante da forte transformação digital da sociedade, é impossível imaginar que alguma empresa consiga gerenciar seus indicadores de negócio sem o uso de alguma ferramenta tecnológica.

Nos últimos dois anos, priorizamos esses processos e buscamos no mercado aplicativos capazes de alcançar e integrar todo o ecossistema de franqueadores e franqueados, gerando fluidez na comunicação entre os donos de franquias e seus times, proporcionando aumento de produtividade e diminuindo o nível de ruídos e de perda de informações comuns aos processos manuais.

Os resultados foram tão positivos e imediatos, com reconhecimento dos franqueados e times, que acabamos por efetuar maiores investimentos nessas ferramentas, entendendo que, além de trazerem grandes benefícios para o ecossistema do franchising, elas também poderão gerar retorno financeiro.

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Sou digitalizado desde sempre, pois comecei minha carreira profissional como programador e analista de sistemas, em meados de 1985. Na década de 1990, acompanhei o desembarque dos microcomputadores no Brasil, o que facilitou muito minha ambientação e aceitação da chegada da internet.

Lembro claramente do ganho de produtividade que tivemos com a chegada dos emails e, depois, do celular. Mais recentemente, vieram aplicativos, como o WhatsApp e as mídias sociais, e tudo o que trouxeram para os ambientes pessoal e profissional.

Participei de cada uma dessas revoluções tecnológicas, tanto atuando no desenvolvimento de cursos para a capacitação de profissionais como trazendo ferramentas digitais para meu uso pessoal e empresarial. Ao refletir sobre essa transformação, posso afirmar que a comunicação por meio dos grupos de trabalho em aplicativos como WhatsApp e similares trouxe efeitos muito positivos, seja na forma de ganho de produtividade ou na redução de custos operacionais.

Durante a pandemia, percebi que é possível fazermos reuniões virtuais, economizando horas de voo que antes eram necessárias para me juntar aos meus sócios. Agora, conseguimos economizar nos custos da viagem e ainda ganhar produtividade com mais tempo em reuniões, por meio das ferramentas de videoconferência – hoje, as mais usadas são o Zoom, o Teams e o Skype, mas há inúmeras outras.

Independentemente de escolha, o fato é que mudamos nossos hábitos para melhor, sobrando mais tempo para a vida pessoal, para a família e até mesmo para as empresas em que atuamos.

Temos mais de dez marcas investidas e, como um private equity mão na massa que somos, procuramos estar próximos dos empreendedores e dos fundadores das empresas com as quais nos associamos.

Com a experiência de 30 anos no mundo das franquias, acredito que o uso de ferramentas padronizadas, que concentrem todas as informações e indicadores de negócios, é vital para a gestão de qualquer empreendimento. Por meio desses instrumentos, acompanhamos diariamente o desempenho das empresas investidas, com indicadores como franquias vendidas, inauguradas, vendas realizadas, custos, margens, investimentos em marketing, etc. Essa forma de olhar os indicadores online permite a correção de processos de forma rápida, evitando que se perca um mês de vendas, por exemplo, por ineficácia de uma campanha.

Dito tudo isso, é possível que uma empresa que pretenda crescer e escalar seu negócio possa viver à margem das tecnologias? Em hipótese alguma! Hoje, é impossível gerir os negócios sem a tecnologia. Sem usar as ferramentas disponíveis, os custos aumentam, a empresa perde produtividade e o empreendedor certamente perde espaço diante da concorrência.

As companhias de tecnologia estão cada dia mais atentas às necessidades das empresas. Essa lógica tende a acentuar-se no futuro, e quem não aderir à tecnologia ficará fora do jogo empresarial.

José Carlos Semenzato é presidente do conselho da SMZTO, fundo de private equity especializado em franquias, e um dos investidores do programa “Shark Tank Brasil”, da Sony Channel.

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.

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