O esperado fim do acordo entre a Electronic Arts (EA) e a FIFA foi oficializado na semana passada, quando a desenvolvedora anunciou o fim da parceria de mais de 20 anos com a entidade do futebol. A mudança ocorre enquanto a empresa planeja lançar o EA Sports FC em 2023, uma forma interativa de jogo em colaboração com mais de 300 parceiros no mundo do futebol.
O fim do acordo já era considerado desde o ano passado. Na ocasião, matéria do The New York Times revelou que um dos jogos mais consumidos no planeta corria risco em função do não avanço das negociações entre a empresa e a entidade do futebol. Na época, a FIFA se pronunciou apontando mudanças na forma como fará a gestão de suas propriedades intelectuais voltadas à tecnologia.
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De acordo com Carlos Silva, sócio da GoGamers, esse tipo de movimentação é complexa por se tratar de um clássico dos games. “Uma das principais preocupações é a perda das licenças que o jogo FIFA conseguiu agregar ao longo dos últimos anos, e que fez ele se tornar um dos maiores produtos da indústria. A princípio, as grandes licenças irão se manter, mas não está claro até quando, já que a FIFA como entidade máxima do futebol pode procurar um novo parceiro para publicar e desenvolver um novo produto para o consumidor. Se for nesse caminho, é possível que exclusividades sejam negociadas e teremos um cenário parecido com o que já vimos entre o jogo FIFA e eFootball (antigo Pro Evolution Soccer), e isso muitas vezes prejudica a experiência do consumidor.”
A EA pagava pagava US$ 150 (R$ 758) milhões anuais para a entidade futebolística que, por sua vez, entende que pode faturar até US$ 1 bilhão (R$ 5 bilhões) por ano com direitos para games. Estima-se que, nos últimos 20 anos, o jogo FIFA tenha movimentado mais de US$ 20 bilhões (R$ 101 bilhões). Além de valorizar sua marca, a FIFA também quer ampliar fontes de receitas com outros ativos tecnológicos, entre eles os NFTs, que se tornaram um elemento importante de receita dentro dos games.
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