AgroRound: Yara, Suzano, Minerva e outras notícias do campo

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A Yara, multinacional produtora de fertilizantes, e a Stara, empresa do Rio Grande do Sul de máquinas agrícolas, fecharam parceria para distribuir gratuitamente licenças de uso por um ano da Atfarm, ferramenta de agricultura de precisão. As licenças do software da Yara serão distribuídas a clientes da Stara que produzem milho e trigo. 

As empresas devem distribuir a ferramenta para até 5.000 produtores rurais, que poderão criar mapas de aplicação nitrogenada em taxa variável, racionalizando o uso de fertilizantes e otimizando a eficiência do nitrogênio, nutriente que é altamente relacionado com o impulsionamento da produtividade de culturas. 

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“O produtor rural vem sentindo o impacto da crise e o estresse na cadeia do alimento, e a democratização de tecnologias de Agricultura de Precisão pode ajudá-lo a aumentar sua produtividade, impactando positivamente na sua rentabilidade”, afirma João Benetti, Diretor Comercial da Yara Brasil. 

Projeto identifica espécies de bioativos da floresta Amazônica para a indústria cosmética

Iniciativa da Dow, empresa estadunidense de produtos químicos e agropecuários, em parceria com o Instituto Peabiru e The Nature Conservancy, entidades com foco na conservação da biodiversidade, o projeto Ybá identificou 17 espécies vegetais de interesse comercial para a indústria cosmética e farmacêutica. 

Os bioativos foram encontrados durante mapeamento da biodiversidade em 38 mil hectares conservados pela Down no Pará. Uma das espécies encontradas, a andiroba, já atraiu a marca de cosméticos Natura, que irá negociar a compra das sementes do bioativo para utilizar na produção do óleo de andiroba, usado nos cosméticos.

Com investimento de R$ 1 milhão, o projeto tem como objetivo fomentar o extrativismo sustentável e o desenvolvimento socioeconômico da comunidade de Breu Branco, no Pará.

Suzano é nova parceira de hub agro do Itaú

O Cubo Agro, hub de fomento ao agronegócio do Itaú, fechou uma nova parceria com a Suzano, empresa especializada na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto.

A empresa deve auxiliar o hub no aumento de conexões com diferentes pontas do agronegócio e na identificação de negócios com startups e outros parceiros do sistema. “Para nós, as parcerias com startups são estratégicas, pois contribuem para acelerarmos o desenvolvimento de soluções e tecnologias ao longo de toda nossa cadeia e consolidação da existência de um ecossistema de inovação em todas as áreas da companhia”, afirma Paulo Mancinelli, gerente executivo da Suzano.

Programa de fertilizantes da TerraMagna é prorrogado

A TerraMagna, empresa de São José dos Campos (SP) da área de crédito rural, anunciou a extensão do seu “Programa Nacional de Fertilizantes” até o dia seis de junho. Criado para apoiar os produtores devido às incertezas do cenário de fertilizantes e à necessidade de compra imediata do insumo, o programa tem o objetivo de liberar crédito para a compra de fertilizantes aos distribuidores de insumos.

Foram disponibilizados R$ 500 milhões para o programa e cerca de 30% desse valor já foi concedido, com outros R$ 300 milhões já em análise. 

“Ao adquirir o produto antecipadamente, o distribuidor consegue, além de preços melhores, a certeza da entrega do seu fertilizante — conforto importante neste momento de incertezas geopolíticas e macroeconômicas”, afirma Bernardo Fabiani, CEO da TerraMagna.

BP Bunge Bioenergia adere ao Pacto Global da ONU 

A BP Bunge Bioenergia, processadora de cana-de-açúcar, aderiu ao Pacto Global da ONU (Organização das Nações Unidas), iniciativa com cerca de 17 mil participantes que visa engajar o setor privado na agenda mundial dos ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável).

“Aderir à iniciativa representa o nosso compromisso em atuar sobre temas relevantes tanto para a sociedade quanto para o negócio, já que o desenvolvimento sustentável é um desafio urgente e global”, afirma Mario Lindenhayn, presidente-executivo e do Conselho de Administração da BP Bunge Bioenergia. 

CMOC transforma rejeitos em fertilizantes organominerais

A CMOC Brasil, multinacional do segmento de mineração e beneficiamento de nióbio e fosfatos, desenvolveu um projeto para transformar centenas de toneladas de rejeitos fosfatados que seriam descartados em suas barragens. A iniciativa, testada desde 2020, é fruto de um investimento de R$ 2,3 milhões e surge como possível alternativa para impulsionar o aumento da produção de fosfatos e diminuir a dependência de insumos estrangeiros.

“Em abril, o projeto foi concluído e estamos prontos para iniciar o faturamento e expedição deste novo produto. Estimamos que, ainda em 2022, 105 mil toneladas do concentrado apatítico de baixo teor sejam entregues, com acréscimo de US$ 5,2 milhões (cerca de R$ 24 milhões) em nosso faturamento a partir de material que um dia já foi descartado em nossa barragem”, explica Thiago Drumond, gerente comercial de fosfato da CMOC Brasil.

Rizobacter do Brasil anuncia novo CEO

A Rizobacter, multinacional líder em microbiologia agrícola, anuncia que Renato Arantes é o novo CEO de sua divisão brasileira.  O executivo que já ocupou cargos de comando em empresas como Bayer e Albaugh é engenheiro agrônomo formado pela Unesp (Universidade Estadual Paulista) “Júlio de Mesquita Filho”, com MBA em desenvolvimento de negócios e liderança e gestão empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Evonik inaugura seu primeiro centro de tecnologia aplicada nas Américas Central e do Sul

A Evonik, multinacional alemã da área de produtos químicos finos, inaugurou seu novo centro de tecnologia aplicada ao agronegócio em Americana (SP). O espaço é o primeiro do tipo criado pela empresa nas Américas Central e do Sul e combina laboratórios com plantas para treinamentos com clientes do mercado agrícola.

“O novo ambiente colaborativo nos permite responder rapidamente às necessidades de nossos clientes agro e aos novos desenvolvimentos com soluções personalizadas”, afirma Diego Abreu, head global de marketing do segmento de mercado agrícola da Evonik.

Guia explica como produtores de cacau podem acessar até R$ 400 mil em créditos

O Instituto Arapyaú, entidade privada e sem fins lucrativos que impulsiona o impacto socioambiental na Amazônia e sul da Bahia, desenvolveu um guia para ajudar produtores de cacau a acessarem o valor de até R$ 400 mil em financiamentos pelo Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar)  .

“Muitas vezes o pequeno produtor de cacau tem a sua produção limitada pela falta de recursos. E um dos grandes entraves é a falta de informação sobre o acesso ao crédito rural”, aponta a economista Grazielle Cardoso, analista sênior do “Programa de Desenvolvimento Territorial do Sul da Bahia” do Instituto Arapyaú. 

O material de apoio, composto por um guia digital e dois vídeos ilustrativos, esmiúça como os produtores de cacau podem acessar o valor em mais de 10 linhas de crédito que têm taxas de juros que variam entre 0,5% a 4,5% ao ano. 

Minas Gerais ganha crédito para energia solar

O BDMG (Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais), com o apoio da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), está colocando no mercado R$ 405 milhões para apoiar o crescimento da energia solar em Minas Gerais.

O crédito serve a novos investimentos no estado, destinados a ampliar o acesso desse tipo de energia aos setores produtivos, agronegócio e a consumidores residenciais.

Conserv já tem 14,3 mil hectares protegidos em áreas privadas

Idealizado pelo Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), o projeto Conserv fechou sete novos contratos com produtores rurais das regiões leste e oeste de Mato Grosso e agora conta com 14.320 mil hectares de florestas nativas conservadas dentro de propriedades privadas da Amazônia Legal. A expectativa é que até o final do ano a iniciativa atinja o marco de 20 mil hectares de vegetação nativa protegida.

Desde 2020, o Conserv propõe a compensação financeira àqueles que conservam florestas em propriedades rurais além das exigências do Código Florestal. “A ideia é termos o máximo de conservação e o máximo de produção, beneficiando o planeta e o setor agropecuário”, afirma o diretor executivo do IPAM, André Guimarães. O programa já realizou 41 pagamentos a produtores e é responsável por evitar a emissão de 1,8 milhão de toneladas de CO2 .

Minerva Foods lança primeira carne carbono neutro no Uruguai

A Minerva Foods, uma das principais exportadoras de carne bovina na América do Sul, lançou o seu primeiro produto certificado Carbono Neutro no Uruguai. Com o primeiro embarque realizado na última semana, a carne é certificada pelo selo CO2 neutral, que poderá ser utilizado pela companhia em outras linhas, desde que sigam o mesmo racional de redução e compensação de emissões.

“Iniciamos a inclusão deste novo selo nas linhas de carne produzidas no Uruguai como resultado das melhores práticas adotadas pelos pecuaristas locais no trabalho de redução de emissões de GEE (gases do efeito estufa)”, afirma Fernando Queiroz, CEO da Minerva Foods. “O Uruguai é também um país estratégico para nossa companhia, com entrada em grandes mercados mundiais.”

Diretor da Castrolanda assume presidência da Fundação ABC

O diretor da cooperativa Castrolanda, Peter Greirandus, foi empossado como presidente da Fundação ABC na última quinta-feira (28). Durante o próximo triênio, Greidanus chefiará a instituição particular, sem fins lucrativos, que promove pesquisa aplicada em soluções tecnológicas para cerca de 5 mil produtores rurais filiados das cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal, sócias da fundação com cooperados que cultivam uma área de 467.235 hectares

Produtoras da Cooxupé recebem bonificação no programa Donas do Café

O programa Donas do Café, da Cooxupé, cooperativa de Guaxupé (MG),realizou seu primeiro encontro presencial e distribuiu R$ 108,8 mil em bonificações para 50 produtoras cooperadas. Elas comercializaram seu produto por meio da SMC Specialty Coffees, empresa criada pela própria cooperativa para atuar no nicho.  A bonificação é resultado do valor agregado pelo produto especial. O programa foi criado em 2020 para promover os cafés especiais das mulheres produtoras da 

Komatsu investirá R$ 158 milhões em expansão

A Komatsu, fabricante multinacional de máquinas pesadas para agronegócio e construção, vai investir R$ 158 milhões em um novo ciclo de expansão em sua unidade de Suzano (SP).

O aporte, a ser distribuído ao longo de três anos, será destinado à modernização do parque fabril, com a implantação de novos equipamentos e tecnologias, objetivando um ambiente de trabalho mais seguro, com menor impacto ambiental e resultando também no aumento de 26% da capacidade produtiva ainda em 2022.

Agricultores de programa da Bayer apresentaram pegada de carbono até 80% menor 

Os agricultores participantes do programa Pro Carbono, criado pela empresa química alemã Bayer, tiveram uma pegada média de carbono de 783 quilos de CO2 (dióxido de carbono) equivalente por tonelada de soja na safra 2021/2022. O valor representa uma redução de até 80% comparado à média das principais bases de dados internacionais.

O dado foi apresentado pelos pesquisadores Marcelo Morandi e Marília Folegatti, da Embrapa Meio Ambiente, durante o Carbon Science Talks, evento técnico promovido pela Bayer, em Atibaia (SP), para acadêmicos, consultorias e parceiros do programa. A pegada de carbono do estudo foi estimada pela técnica de ACV (Avaliação de Ciclo de Vida), partindo do levantamento de dados e descrições detalhadas dos processos produtivos das fazendas dos agricultores participantes.  “O estudo permitiu demonstrar o bom desempenho da soja brasileira, respondendo ao investimento em boas práticas — como a adoção de sistemas diversificados e o emprego do plantio direto, entre outras. Além disso, indicou pontos de melhoria nos processos de produção”, explica Marília.

Solinftec recebe aporte de US$ 60 milhões

A Solinftec, empresa que atua na área de inteligência artificial e SaaS (software como serviço) para o agronegócio, recebeu um aporte de US$ 60 milhões (cerca de R$ 307 milhões) do fundo de investimento Lightsmith Group. O investimento foi realizado com o objetivo de escalar a plataforma de inteligência artificial Alice AI, que usa dados em tempo real para tornar as práticas agrícolas mais eficientes, sustentáveis e adaptáveis às variáveis climáticas.

“À medida que as mudanças climáticas e outras intercorrências continuem a pressionar a produtividade agrícola e os custos dos alimentos, precisamos dimensionar soluções que possam ajudar os agricultores a aumentar a produtividade por hectare, reduzindo o uso de insumos e aumentando sua capacidade de resposta às mudanças e condições climáticas”, explica Sanjay Wagle, cofundador do grupo Lightsmith.

Banco CNH Industrial reforça crédito com captação de R$600 milhões em Letras Financeiras

O Banco CNH Industrial divulgou na última semana que concluiu, em 28 de abril, a sua primeira  emissão de Letras Financeiras de 2022, no valor de R$600 milhões. 

O título de renda fixa vem sendo usado com o intuito de viabilizar a oferta de crédito e sua emissão faz parte da estratégia de funding do banco para acessar de forma recorrente o mercado de capitais. “Buscávamos no mercado R$600 milhões e tivemos uma oferta de R$1,6 bilhão, demanda expressiva que demonstra a confiança depositada em nossa instituição”, afirma Heberson de Góes, presidente do Banco CNH Industrial.

Essa captação reforça o posicionamento estratégico do Banco CNH Industrial de suportar financiamentos próprios para a compra de máquinas agrícolas e equipamentos de construção e veículos comerciais.

Desafio de startups busca soluções para centralização de dados no manejo de bovinos criados a pasto

A Belgo Bekaert, empresa de arames de aço, e parceira do Silo Hub, lançou um desafio de startups para encontrar soluções de inovação aberta para impulsionar a centralização de dados no manejo de bovinos criados a pasto. As startups interessadas podem realizar suas inscrições até 15 de maio no site do hub.

“Buscamos soluções capazes de realizar o levantamento dos dados em sistemas de criação de bovinos criados a pasto como, por exemplo, estresse térmico e manejo sanitário, geolocalização dos animais, entre outros”, explica Guilherme Vianna, gerente de negócios da Belgo. “É essencial que as ideias sejam intuitivas e acessíveis aos pecuaristas para que, dessa maneira, sejam vistas como um recurso vital para auxiliar na tomada de decisão e melhorar os ganhos.”

A avaliação e a seleção das propostas levarão em consideração principalmente a aderência com os desafios. As startups selecionadas contarão com a possibilidade de investimento para desenvolvimento da POC (prova de conceito), além do apoio da equipe do Silo Hub, visitas técnicas, profissionalização da gestão e crescimento.

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