A indústria de ração animal do Brasil projetou hoje (3) um crescimento de 3,5% na produção em 2022, para 88 milhões de toneladas, apesar de uma redução drástica na safra de soja do país neste ano em função da seca e preços firmes da principal matéria-prima, o milho, avaliou o Sindirações em comunicado.
A produção de ração para aves, o principal mercado para o setor, deverá crescer 3,7% neste ano, para 44,2 milhões de toneladas, enquanto o setor de suínos deverá demandar 20,4 milhões de toneladas, alta de 3,6% na comparação anual.
O Sindirações, que representa a indústria de rações no país, ponderou que a “perspectiva original” era de um ambiente de produção e negócios mais favorável, com menos “intempéries”.
No entanto, com a invasão da Ucrânia pela Rússia, aumentaram as preocupações sobre a segurança alimentar de diversos países, o que sustentou os preços.
“Decerto, a amplitude e duração das punições aplicadas à Rússia por invadir a Ucrânia prejudicarão a dinâmica da economia mundial, dada a volatilidade dos preços, o incremento da inflação…”, disse o CEO do Sindirações, Ariovaldo Zani.
O Sindirações lembrou que, de janeiro de 2020 para cá, o milho dobrou de preço, enquanto o farelo de soja já subiu 130%. Ambos são adicionados quantitativamente às rações à taxa média de 70% e 20%, respectivamente.
Também hoje (3), o Sindirações divulgou dados consolidados sobre o desempenho do setor no ano passado, quando a produção fechou em alta próxima de 4%, para 85 milhões de toneladas, em linha com a projeção do final de 2021. O número inclui a produção de sal mineral.
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