O bilionário Elon Musk, a pessoa mais rica do mundo, zombou do lendário investidor Warren Buffett após a Berkshire Hathaway atacar novamente o bitcoin.
“Haha, ele diz ‘bitcoin’ tantas vezes”, escreveu Musk em resposta a um vídeo do famoso investidor publicado no Twitter pelo capitalista de risco Marc Andreessen. Andreessen descreveu como “chocante” o fato de que Buffett atacou o bitcoin “ao mesmo tempo em que promovia a diabetes” – referindo-se às várias caixas de doces que aparecem próximas ao megainvestidor.
Buffett e seu braço direito, o vice-presidente da Berkshire Hathaway Charlie Munger, usaram a reunião anual de acionistas da empresa ontem (30) para repetir seu conhecido discurso desprezando o bitcoin e as criptomoedas.
“Se [o preço do bitcoin] vai subir ou descer no próximo ano, ou em cinco ou dez anos, eu não sei”, disse Buffett, explicando sua longa antipatia pelo bitcoin por não produzir nada tangível – ao contrário de companhias ou propriedades. O bitcoin tem passado por meses de baixa e caiu 40% em relação à sua alta histórica de quase US$ 70 mil (R$ 344 mil).
“Se você me dissesse que possui todos os bitcoins do mundo e me oferecesse para comprá-los por US$ 25 [R$ 122], eu não aceitaria, porque o que eu faria com isso? Eu teria que vendê-los de novo mais cedo ou mais tarde”, afirmou Buffet.
Munger concordou com o megainvestidor. “Na minha vida, tento evitar coisas que são estúpidas, ruins e que podem comprometer a minha imagem… e o bitcoin faz os três”, disse ele na reunião de acionistas da Berkshire Hathaway, que também é chamada de “o Woodstock dos capitalistas”.
Tanto Buffett quanto Munger já criticaram o bitcoin, as criptomoedas e o recente boom do mercado de ações alimentado pela Robinhood, um movimento que eles compararam a um cassino.
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A comunidade cripto respondeu às críticas de Buffett ao bitcoin com ódio. No mês passado, o investidor libertário de tecnologia Peter Thiel chamou o bitcoin de “inimigo número um” de Buffett. Thiel criticou a “gerontocracia financeira” que estaria tentando impedir que as criptomoedas se tornassem mainstream durante uma conferência em Miami no mês passado. O bilionário chamou Buffett de “vovô sociopata de Omaha”, a cidade natal do megainvestidor.
Enquanto isso, Musk continuou a demonstrar apoio ao dogecoin, uma criptomoeda-meme que disparou no ano passado graças ao apoio do bilionário e de outros grandes investidores. No entanto, o preço do dogecoin perdeu muito terreno desde as máximas de maio de 2021, caindo cerca de 80%.
“Não é uma má ideia”, respondeu Musk no Twitter ao co-criador do dogecoin, Billy Markus. Markus havia expressado apoio a uma sugestão do investidor-celebridade Mark Cuban de usar o dogecoin para autenticar usuários do Twitter e reduzir a quantidade de spam criado por bots na rede social.
“Acrescentamos um roll up otimista ao doge”, tuittou Cuban. “Cada pessoa deposita um doge para ter direito a postagens ilimitadas. Se alguém contestar uma postagem e os humanos confirmarem que é spam, o denunciante ganha o doge do spammer. O spammer tem que depositar 100 vezes mais doges [para voltar a postar]. Se não for spam, o denunciante perde seu doge.”
O preço do dogecoin subiu um pouco no último mês, saindo das baixas recentes graças ao movimento de Elon Musk para tentar fechar o capital do Twitter. Traders de dogecoin estão apostando que Musk pode integrar o dogecoin, sua criptomoeda “favorita”, à rede social, depois que ele lançou a ideia de permitir que os usuários paguem por serviços premium da plataforma com a criptomoeda.
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