O campo em tempos de autonomia e automatização aceleradas. É a mensagem que paira sobre a 27ª Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), que ocorre em Ribeirão Preto (SP) até esta sexta (29), e a certeza de quem caminha pelas ruas que circundam as centenas de stands de empresas com suas tecnologias.
Metro quadrado por talhão em tempo real, estações meteorológicas e um arsenal de ferramentas embarcadas em tratores e colhedeiras já não são mais um conceito na prateleira. “Até 2023, todos os nossos produtos sairão de fábrica conectados”, diz Christian Gonzalez, que há três anos é o vice-presidente para a América Latina da Case. Até 2024, a empresa espera ter 50.000 máquinas conectadas.
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“Entender o que é na prática equipamentos e processos já não é mais um conceito, é uma realidade no campo”, afirma Gonzales. Para o executivo, em 10 anos, cerca de 30% da frota global de máquinas agrícolas portarão na sua engenharia de fabricação pelo menos um sistema avançado de automação.
“O Brasil vai ser um grande mercado de autônomos, porque falta mão de obra no campo.” Em 2017, também na Agrishow, a Case foi a primeira empresa no país a mostrar seu trator autônomo conceitual, depois de apresentar a máquina nos Estados Unidos e na França.
Além das tradicionais grandes multinacionais presentes na feira, estreantes também estão alinhados. Alberto Ivan Zakidalski, CEO do Grupo AIZ, com sede em São José dos Pinhais (PR) participa da Agrishow pela primeira vez.
Em julho do ano passado, o grupo lançou seu primeiro caminhão sem cabine, autônomo e rádio-controlado, ou seja, controlado à distância. “O rádio-controlado é diferente da máquina autônoma. Essas máquinas têm um operador por trás.”
Zakidalsk acredita que o setor deve crescer aceleradamente. Além dos caminhões, os vants (veículos aéreos não tripulados) também fazem parte da categoria. “Esse tipo de maquinário serve a todos os tipos de serviços perigosos ou insalubres que estão em serviços urbanos e também no campo”, afirma. “A tecnologia protege vidas.”
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