A controladora do Google, Alphabet, teve resultado abaixo do esperado por Wall Street, no primeiro balanço trimestral aquém das expectativas desde o início da pandemia, pressionado por redução de investimentos de anunciantes diante do maior receio de uma desaceleração econômica global.
A companhia teve receita de primeiro trimestre US$ 68,01 bilhões (R$ 337 bilhões), alta de 23% ante mesmo período do ano passado, mas abaixo do faturamento esperado em média por analistas do setor, de U$ 68,10 bilhões (R$ 338 bilhões), segundo dados da Refinitiv.
O lucro do trimestre somou US$ 16,43 bilhões (R$ 81 bilhões) ou US$ 24,62 (R$ 122) por ação. Analistas, em média, esperavam lucro de US$ 25,76 (R$ 127) por papel.
As ações da Alphabet caíram 6,5% no pregão estendido após a publicação do resultado.
Os números mostram que o Google está enfrentando dificuldades na última fase econômica da pandemia, que está trazendo elevação de juros, custos maiores e escassez de uma série de produtos.
A expectativa é que o Google tenha participação de 29%, a maior fatia, do mercado global de publicidade online em 2022, estimado em US$ 602 bilhões (R$ 2,9 trilhões). Se confirmada, será o 12º ano consecutivo de liderança da empresa no setor, segundo a Insider Intelligence.
As ações da Alphabet acumulam queda de mais de 17% neste ano. Mas nos últimos dois anos os papéis tiveram valorização de quase 90%.
A Alphabet recomprou mais de US$ 81 bilhões (R$ 402 bilhões) em ações nos últimos dois anos. Hoje (26), o conselho de administração da empresa autorizou mais US$ 70 bilhões (R$ 347 bilhões) em recompras.
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