Cerca de 1 em cada 10 adultos disse que não assina a Netflix, mas usa a senha de alguém que não mora na mesma casa para acessar o serviço de streaming, de acordo com uma pesquisa da Morning Consult divulgada ontem (20), dias depois que foi anunciado que a empresa perdeu 200 mil assinantes este ano, na primeira queda de assinantes em uma década.
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Principais pontos
A quantidade de pessoas que não assina a Netflix, mas usa a senha de alguém fora de casa, é de 28 milhões, estima a Morning Consult.
28% dos entrevistados disseram que assinam a Netflix e não compartilham sua senha com mais ninguém, em comparação com 17% que disseram assinar e compartilhar sua senha com alguém com quem moram, 6% que não assinam e usam a senha de alguém que mora com eles e 4% que assinam e emprestam sua senha para alguém com quem não moram.
Os baby boomers são os piores “infratores” do compartilhamento de senha fora de casa, com 16% dos entrevistados nessa faixa etária dizendo que não assinam e usam a senha de alguém que não mora com eles; 9% dos millennials e da geração X disseram que fazem isso, 7% da geração Z disseram que o fazem.
Mais da metade dos entrevistados (52%) disseram que considerariam assinar sua própria conta se não pudessem compartilhar uma com outra pessoa. Mais de 50% dos entrevistados disseram que não pagariam mais para poder compartilhar sua senha com alguém que mora fora de casa.
A Morning Consult realizou a pesquisa com mais de 2.000 adultos norte-americanos de 15 a 17 de abril.
O número
100 milhões. Esse é o número de lares que a Netflix estima que estejam usando senhas emprestadas, incluindo 30 milhões nos EUA e Canadá. A Netflix disse esta semana que tem 222 milhões de famílias pagantes. Compartilhar uma conta com alguém que mora fora da casa de um usuário vai contra os termos de serviço da Netflix, embora esse problema não tenha sido resolvido por anos.
Contexto
O relatório de terça-feira marcou a primeira vez que a Netflix perdeu assinantes em 10 anos. Após a notícia, as ações da empresa caíram 35%. A Netflix lançou um teste em março em três países para monetizar o compartilhamento de senhas fora de casa. Os usuários no Chile, Costa Rica e Peru têm a opção de pagar uma taxa adicional de US$ 2 (R$ 9,24) a US$ 3 (R$ 13,87) para compartilhar sua conta com alguém que não mora com eles.
Se esse programa fosse adotado globalmente, a Netflix poderia gerar US$ 1,6 bilhão (R$ 7,4 bilhões) anualmente, de acordo com estimativas de analistas da Cowen & Co., segundo a Variety. Em uma ligação com os acionistas na terça-feira, o co-CEO Reed Hastings disse que um programa semelhante pode ser lançado em outros mercados.
A Netflix disse na terça-feira que estima perder 2 milhões de assinantes neste trimestre e que está explorando a ideia de oferecer uma assinatura bancada por anúncios publicitários, mas com preço mais baixo.
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