Avaliada em mais de R$ 12 bilhões, após um aporte recente de R$ 465 milhões (US$ 100 milhões), a unico, IDTech de soluções de identidade digital, criou um token biométrico que se propõe a tornar transações como PIX mais seguras. Disponibilizada inicialmente para o setor financeiro, a tecnologia já chega ao mercado testada em mais de nove milhões de transações.
“As pessoas estão afundadas na complexidade de dezenas de devices, gadgets, apps, contas, logins, senhas, o que gera fricção, insegurança e também um ambiente propício a fraudes de todo tipo, especialmente em transações financeiras. A experiência precisa ser mais fluida, sem abrir mão da segurança. O rosto de cada pessoa é único e é sua melhor identidade digital atualmente”, explica Diego Martins, CEO da unico.
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De acordo com a Pesquisa da Panorama Mobile Time/Opinion Box, quando perguntados quais meios de autenticação consideram menos seguros, os brasileiros apontam a senha em primeiro lugar (27%), o que mostra que um grande percentual da população não confia nas senhas. Na sequência, o meio de autenticação menos seguro seria o envio de token por SMS (23%) e pelo reconhecimento de voz (16%).
Além do pix, hoje o meio de pagamento mais popular do Brasil, o token biométrico vai melhorar a experiência do consumidor final ao agilizar fluxos de forma segura e evitar fraudes. Durante a fase de testes, a solução reduziu em quatro vezes as chances de um consumidor desistir de um processo antes de chegar ao seu fim, quando comparado aos processos que não usam a tecnologia – como senhas, solicitação de documentos ou outros tipos de tokens.
O avanço da identidade digital
O aumento no número de pessoas com identificação digital no Brasil poderia elevar em 3% o PIB brasileiro até 2030. Os dados são de um estudo da McKinsey Digital que mostram o impacto econômico da identidade digital na economia. A estimativa é de que, anualmente, somente com a obtenção de documentos de forma separada, os brasileiros gastem R$ 7 bilhões.
Vários governos estão mudando seus modelos de identificação para a identidade digital. Os países que fizeram a mudança defendem que o modelo oferece uma melhor experiência para o relacionamento entre cidadãos, empresas e entidades públicas. Atividades que antes aconteciam presencialmente, como trabalho, educação, compras, atividades de lazer, culturais e relacionamentos pessoais sofreram uma grande mudança. Tudo passou a acontecer através das telas e muitas empresas tiveram dificuldade em se adaptar, em um primeiro momento. Principalmente aquelas que dependem da comprovação de identidade dos indivíduos.
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De acordo com o World Bank, no mundo, são cerca de 1 bilhão de pessoas que não possuem qualquer forma de identificação. Na América Latina, apenas 33,8 milhões estão identificadas. O prejuízo médio total por vazamento de dados em 2020 chegou a US$ 3,86 milhões e já é 10% maior que em 2014. Além disso, o Brasil é o segundo país do mundo com mais fraudes de identidade e 6,3% das transações realizadas no país são oriundas de Identity Spoofing (quando alguém assume a identidade de outra pessoa para cometer fraude).
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