A fabricante de equipamentos para telecomunicações Nokia está de saída do mercado russo, afirmou o presidente-executivo da companhia à Reuters.
Com isso, a Nokia dá um passo além em relação à rival Ericsson, que ontem (11) informou a suspensão de negócios no país por tempo indeterminado.
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Centenas de companhias estrangeiras cortaram laços com a Rússia desde a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro e após sanções de países do Ocidente contra Moscou.
Enquanto vários setores, incluindo telecomunicações, não foram abarcados em parte das sanções devido a questões humanitárias, a Nokia afirmou que sair da Rússia é a única opção para a companhia.
“Simplesmente não vemos qualquer possibilidade de continuar no país sob as atuais circunstâncias”, afirmou o presidente-executivo da Nokia, Pekka Lundmark.
A participação da Rússia nas vendas da Nokia e da Ericsson é de um dígito percentual baixo. Empresas chinesas, como Huawei e ZTE possuem parcela maior de negócios no país.
A Rússia também tem elevado tensões com Finlândia e Suécia, que abrigam as sedes de Nokia e Ericsson, respectivamente, por causa do interesse desses países em aderirem à aliança militar encabeçada pelos Estados Unidos, a Otan.
A decisão da Nokia em sair da Rússia vai afetar cerca de 2 mil funcionários e alguns deles poderão receber ofertas de trabalho na empresa em outras parte do mundo, disse Lundmark. A companhia tem cerca de 90 mil trabalhadores no total.
“Muito vai ter que mudar antes de ser possível para nós considerarmos voltar a fazer negócios no país”, disse o executivo.
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