Adriana Varejão tem sua carreira retratada em nova exposição na Pinacoteca

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Martina Colafemina/Forbes Brasil

No octógono da Pinacoteca destacam-se as “Ruínas de Charque” (2021), em que duas obras foram feitas exclusivamente por Adriana Varejão para a exposição

O acervo praticamente completo ​​de Adriana Varejão está de volta ao Brasil. Das pinturas barrocas de 1980, quando frequentava a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, às “Ruínas de Charque” (2021), sua última série, os trabalhos podem ser vistos a partir de hoje na Pinacoteca (Praça da Luz, 2 – Bom Retiro, São Paulo-SP). O destaque na área central do prédio, a pedido de Varejão, são as pinturas tridimensionais “Moedor” (2021), “Ruína 22” (2022) e “Ruína Brasilis” (2022). Os dois primeiros foram feitos especialmente para a exposição e o terceiro foi doado pela artista para a Pinacoteca.

Reconhecida internacionalmente, Varejão está em coleções privadas e públicas pelo mundo. Por aqui, destaca-se seu pavilhão permanente no Instituto Inhotim, em Minas Gerais. No exterior, suas coleções podem ser vistas na Foundation Cartier pour l’Art Contemporain, em Paris, no Metropolitan Museum of Art (MAM) e no Guggenheim Museum, em Nova York, entre outros.

Outra pintura significativa é “Anjos”, exposta no Museu Stedelijk, em Amsterdã desde 1989 e que agora volta ao Brasil. 

As pinturas trazem uma reflexão sobre a arte brasileira quando se comemoram 100 anos  da Semana de Arte Moderna de 1922. “Se existe um legado dessa semana, é pensar qual história estamos contando, qual não foi contada e que foi silenciada”, diz Johen Volz, diretor-geral da Pinacoteca e curador da exposição. 

O acervo reúne mais de 60 obras em sete salas, além do octógono e será aberto ao público amanhã. As pinturas podem ser vistas até 1º de agosto. Os ingressos custam R$ 10 (meia-entrada) e R$ 20 (inteira). O acesso é gratuito para crianças de até 10 anos e pessoas acima de 60 anos. Aos sábados, a entrada é livre. Você pode reservar os ingressos aqui

Varejão é uma das artistas brasileiras mais valorizadas do mercado de arte internacional. A obra “Parede com Incisões à La Fontana II” (2001) tem o recorde do maior preço já pago em uma obra de um brasileiro vivo. A pintura foi leiloada na Christie’s de Londres em 2011 por R$ 2,72 milhões. Suas obras já integraram diversas coleções particulares de milionários como o banqueiro José Olympio Pereira.








 

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