Os pecuaristas do Brasil abateram 27,54 milhões de cabeças de bovinos em 2021, recuo de 7,8% em relação a 2020 e segundo ano consecutivo de queda, em meio à estratégia de retenção de animais, disse hoje (15) o IBGE, enquanto os setores de frango e suínos tiveram recordes nos volumes de abates.
“A valorização recorde dos preços médios dos bezerros e da arrpecuoba bovina estimularam a retenção de fêmeas para atividades reprodutivas”, disse o IBGE em nota.
Com isso, o total de vacas abatidas ao longo de 2021 (9,31 milhões de cabeças) foi o menor constatado desde 2004, de acordo com os dados.
Das 27 unidades federativas, 23 reduziram o abate de bovinos no ano passado, com destaque para o Estado que detém o maior rebanho do país, Mato Grosso (-633,91 mil cabeças).
Segundo o instituto, ainda foram abatidas 6,18 bilhões de cabeças de frango, aumento de 2,8% no comparativo anual, alcançando a máxima da série histórica iniciada em 1997.
O mesmo ocorreu com os suínos, cujo abate acumulado em 2021 foi de 52,97 milhões de cabeças, com avanço de 7,3% sobre o ano anterior.
No frango, o IBGE disse que tanto o consumo interno como o mercado externo favoreceram o desempenho do setor.
O recorde do frango ocorreu em meio a um cenário de alta nos preços da carne bovina, que torna as proteínas alternativas mais competitivas.
Além disso, o mercado internacional conta com casos de gripe aviária em alguns países, o que contribui para elevar a demanda para o produto brasileiro, livre de problemas sanitários.
Paraná continuou liderando o ranking estadual no abate de frangos em 2021, com 33,6% de participação nacional, seguido por Santa Catarina (13,4%) e Rio Grande do Sul (13,4%).
Santa Catarina manteve a liderança no abate de suínos em 2021, com 28,4% da fatia nacional, seguida por Paraná (20,3%) e Rio Grande do Sul (17,5%).
“O desempenho nas exportações auxiliou a cadeia da carne suína, que enfrentou um cenário desafiador com o aumento dos custos de produção”, disse o instituto.
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