A caderneta de poupança registrou saque líquido de R$ 5,35 bilhões em fevereiro, mostraram dados do Banco Central hoje (7).
Foi a quarta maior retirada líquida para meses de fevereiro da série histórica iniciada em 1995, perdendo apenas para períodos equivalentes nos anos de 2021 (-R$ 5,86 bilhões), 2016 (- R$ 6,64 bilhões) e 2015 (- R$ 6,26 bilhões).
Do total, os saques superaram os depósitos no SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) no valor de R$ 2,44 bilhões. Já na poupança rural, as saídas foram de R$ 2,91 bilhões.
Em janeiro, havia sido registrado um saque líquido de R$ 19,7 bilhões, maior resgate já observado para todos os meses da série histórica.
O fluxo de recursos na poupança apresentou uma reversão de sentido ao longo de 2021, passando a acumular retiradas significativas.
Antes, em 2020, havia sido registrada uma captação recorde de mais de R$ 166 bilhões, impulsionada pelo pagamento do auxílio emergencial e pelo baixo nível da taxa básica de juros, o que aumentou a competitividade da poupança frente a outros investimentos.
Em 2021, com a retirada do auxílio emergencial e o agressivo aperto monetário implementado pelo Banco Central, houve um saque líquido de R$ 35,5 bilhões.
Com os juros básicos da economia acima de 8,5% ao ano (a Selic está agora em 10,75%), os depósitos na poupança voltaram a ter rendimento fixo de 0,5%, ou 6,17% ao ano, acrescido da taxa referencial, o que deixa a remuneração mais baixa do que outros investimentos de renda fixa.
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