Embrapa quer mostrar aos produtores como economizar R$ 5 bi com fertilizantes na próxima safra

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Embrapa quer mostrar no campo como economizar insumos

A partir de abril, pesquisadores e técnicos da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) começam a visitar cerca de 30 polos produtivos de nove macrorregiões agrícolas do país, com o objetivo de promover o aumento da eficiência de uso dos fertilizantes e insumos no campo, diminuir custos de produção dos produtores rurais e estimular a adoção de novas tecnologias e de boas práticas de manejo de solo, água e plantas. A economia poderia chegar a US$1 bi  )(R$ 5 bilhões ) na próxima safra.  O anúncio foi feito hoje 4.

“Nosso objetivo é que o Brasil possa superar a crise dos fertilizantes por meio de capacitação e troca de conhecimentos sistematizados entre os institutos de pesquisa e o setor produtivo, estabelecendo um diálogo da pesquisa com o agronegócio no Brasil, propondo soluções tecnológicas para cada um desses 30 polos agrícola”, disse Celso Moretti, presidente da Embrapa.

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Chamada de Caravana Embrapa FertBrasil, a ação integra o Plano Nacional de Fertilizantes, a ser lançado pelo Governo Federal nas próximas semanas. Moretti diz que a ação vai abordar questões práticas e de impacto imediato, que ao serem adotadas poderão, junto com outras iniciativas do Plano Nacional, promover uma economia de até 20% no uso dos fertilizantes no Brasil, já na safra 2022/23.

Os técnicos da Embrapa vão mostrar a importância do manejo sustentável dos solos e fertilizantes para maximizar a eficiência de uso destes insumos e melhorar a produtividade. “A gente aprende na agronomia que é preciso fazer a aplicação de adubo de acordo com a análise de fertilidade do solo e análise da folha da planta”, diz Moretti.

“Mas sabemos que em muitos lugares do Brasil, eles acabam utilizando uma receita pronta, um pacote tecnológico genérico. Por exemplo, 500 quilos por hectare de fertilizante NPK [nitrogênio, fósforo e potássio] independentemente da fertilidade do solo ali presente.”

O Brasil, atualmente, consome cerca de 8,5% dos fertilizantes processados no mundo, ocupando a quarta posição. China, Índia e Estados Unidos aparecem no topo da lista de consumo. Mas esses países, ao contrário do Brasil, também são grandes produtores mundiais de fertilizantes. No ano passado, o país importou cerca de 89% do total de 43 milhões de toneladas consumidas na produção agrícola.

No país, as culturas de soja, milho e cana-de-açúcar respondem por mais de 73% do consumo de fertilizantes. A Rússia é responsável por fornecer 25% dos fertilizantes para o Brasil. Junto com a Bielorrússia, chega a fornecer mais de 50% do potássio consumido pelo agricultor brasileiro anualmente.

Além das orientações aos produtores, a caravana da Embrapa fará um diagnóstico do setor que servirá para aprimorar as ações do Plano Nacional de Fertilizantes. A estimativa é receber para as atividades presenciais cerca de 10 mil multiplicadores, entre técnicos de extensão rural, técnicos de cooperativas, sindicatos e associações rurais, e produtores líderes.

Esta será a segunda caravana itinerante realizada pela Embrapa. Entre 2013 e 2015, a empresa percorreu também os principais polos produtivos do país para divulgar soluções tecnológicas para controlar a lagarta Helicoverpa armigera, praga exótica que invadiu o território brasileiro causando fortes prejuízos para as principais culturas agrícolas.

 

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