Invasão na Ucrânia dificulta fornecimento de chicotes elétricos para montadoras

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REUTERS_Paulo-Whitaker

Fabricantes de automóveis lutam para obter chicotes elétricos, com fornecedoras na Ucrânia fechadas pela invasão russa

Fabricantes de automóveis, incluindo Volkswagen, BMW e Porsche estão lutando para obter chicotes elétricos, já que unidades fornecedoras no oeste da Ucrânia foram fechadas pela invasão russa.

A produção desse elemento, necessário para organizar quilômetros de cabos de veículos, afetou fornecedores como Leoni, Fujikura e Nexans, e atingiu grandes montadoras.

Os gargalos de entrega já atingiram algumas plantas da segunda maior montadora do mundo, a Volkswagen, enquanto a unidade de luxo da Porsche suspendeu a produção em sua fábrica de Leipzig, Alemanha. A rival BMW também foi afetada.

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Devido a gargalos de fornecimento, ocorrerão interrupções em nossa produção”, disse a BMW em comunicado. “Estamos em intensas discussões com nossos fornecedores.”

A Leoni, que tem duas fábricas no oeste da Ucrânia, disse que está lutando para “compensar as perdas de produção” e “interrupções em nossas duas fábricas em Stryi e Kolomyja, desencadeadas pela guerra russa de agressão contra a Ucrânia“, disse a empresa em um comunicado.

Fornecedores como as alemãs Forschner, Kromberg & Schubert, Prettl, SEBN e a japonesa Yazaki construíram um robusto setor de produção de chicotes de fios na Ucrânia, que tem mão de obra qualificada e de baixo custo.

De acordo com uma análise dos dados de 2020 da Comtrade pela consultoria AlixPartners, os chicotes foram o componente automotivo mais crítico exportado da Ucrânia para a União Europeia, respondendo por quase 7% de todas as importações desse produto.

A sueca Volvo Cars e a britânica Aston Martin disseram que não têm fornecedores de chicotes na Ucrânia.

Pode levar meses para os fornecedores aumentarem a capacidade em outros locais – exigindo espaço na fábrica, máquinas e ferramentas, mão de obra e financiamento.

Antes da invasão, a fabricante de autopeças Aptiv passou meses fazendo exatamente isso – transferindo a produção de alto volume de peças para veículos de suas duas fábricas na Ucrânia antes de possíveis hostilidades, disse o presidente-executivo da empresa na semana passada.

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