O Fed (Federal Reserve) alertou hoje (25) que a inflação pode persistir por mais tempo do que o esperado se a escassez de mão de obra e os aumentos salariais continuarem, deixando de lado sua afirmação anterior de inflação “transitória” para pintar uma visão mais cautelosa sobre como a economia dos Estados Unidos pode evoluir.
Em seu último relatório monetário ao Congresso, feito duas vezes por ano, o Fed disse que os aumentos de preços foram generalizados desde o ano passado e que os fatores por trás disso não estão mais limitados a questões da cadeia de oferta que podem ser rápida e facilmente resolvidas.
A escassez de mão de obra e o aumento associado nos salários também influenciam, e se isso não diminuir a inflação pode ser mais persistente.
Apesar de dizer que parte da pressão sobre os preços de bens ainda pode diminuir nos próximos meses conforme a distribuição de oferta melhorar, “se a escassez de mão de obra continuar e os salários subirem mais rápido que a produtividade de maneira ampla, as pressões inflacionárias podem persistir e continuar a se ampliar”, apontou o relatório do banco central norte-americano.
O chair do Fed, Jerome Powell, discutirá o relatório em audiências no Congresso dos EUA na próxima semana, quando deve ser questionado sobre a inflação.
Novos dados divulgados hoje (25) a mostraram que a medida preferida do Fed para os aumentos de preços subiu 6,1% nos 12 meses até janeiro, contra meta de 2% do banco central.
Para combater a inflação, o Fed sinalizou que começará a subir os juros no próximo mês.
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