CEO da Randstad: “De 150 mil vagas em TI criadas no Brasil por ano, só 50 mil são ocupadas”

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Jesus Echevarría, CEO da Randstad Portugal, Espanha e LATAM, fala sobre o futuro do trabalho baseado na pesquisa Workmonitor

Após um período de incertezas, muitos profissionais elegeram qualidade de vida como um ponto crucial da carreira.  A pesquisa Workmonitor feita pela Randstad , uma das maiores empresas de consultoria e soluções em recursos humanos do mundo, aponta que 73% dos entrevistados no mundo todo têm maior clareza sobre os objetivos pessoais desde o início da pandemia – e viver bem é uma delas. No Brasil, 81% buscam mais equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. 

Além disso, trabalhadores de todas as idades, gêneros e dos mais variados graus de educação querem ter acesso a desenvolvimento e, consequentemente, remuneração. Segundo o relatório, 95% dos brasileiros sabem que é necessário continuar aprendendo para que continuem relevantes no mercado de trabalho cada vez mais competitivo. Parece óbvio mas, no restante do globo, 80% dos entrevistados pensam assim. 

O trabalho da Randstad influencia, no mundo, cerca de 500 milhões de pessoas. No Brasil, o impacto chega a 15 milhões de trabalhadores.

Jesus Echevarría, CEO da Randstad Portugal, Espanha e LATAM, elenca quatro tendências que serão mandatórias a partir de 2022, baseado na pesquisa Workmonitor.

1. Colaboração que gera compromisso

“Graças às medidas de flexibilização, a pandemia ajudou as empresas a ver como as pessoas responderam perfeitamente trabalhando em casa e excedendo expectativas. Isso abre muitas possibilidades para o futuro. Se você trabalha em casa, isso abre a possibilidade de trabalhar de outros locais, que trabalhe remotamente de uma cidade para outra cidade, de um mercado para outro outro mercado, aliás, já estamos vendo isso em perfis em que há escassez, globalmente, como profissionais de T.I”

2. Especialização em alta

“No Brasil,  a cada ano, são gerados 150 mil novos cargos em T.I e apenas 50 mil pessoas são capacitadas. Portanto, todos os anos temos um déficit de 100 mil pessoas nesses perfis. Falando sobre outras profissões em que estamos vendo escassez de talentos, isso depende um pouco das localidades, mas vemos claramente que isso ocorre com enfermeiros e técnicos do setor de saúde. Esse perfil tem uma escassez enorme tanto na Europa como na América Latina. A pandemia aumentou o nível de atenção na maioria dos países e revelou que faltam profissionais. Portanto, a pandemia tornou mais visível a necessidade de treinamento da força de trabalho”

3. Apoio para o desenvolvimento

“Acredito que os líderes de organizações devem fornecer ao pessoal a oportunidade de treinar nas habilidades que são necessárias para o futuro. Não só empresários, mas esta é uma responsabilidade que todas as pessoas que influenciam a opinião pública têm, além de pessoas do setor público responsáveis sobre políticas de emprego”

4. Flexibilidade

“Levantando duas questões: a primeira é que as necessidades de flexibilidade das empresas e dos funcionários continuam a crescer. Há uma tendência global observada na pesquisa Workmonitor de que as empresas precisam cada vez mais de soluções de flexibilidade para garantir a produtividade e se tornarem competitivas no mercado. É uma necessidade para as empresas e para o país, porque o que o país precisa é de empresas competitivas. E a flexibilidade é um dos ingredientes, ao mesmo tempo em que há cada vez mais funcionários que precisam ou preferem ter flexibilidade por estilo de vida, ou por circunstâncias pessoais e situações em que, por exemplo, estudantes querem trabalhar no verão, ou jovens pais e mães querem trabalhar apenas 9 meses e assim por diante”.

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