As ações do Nubank subiram quase 8% no after-market de ontem (22), com os investidores saudando a redução do prejuízo do quarto trimestre da fintech mais valiosa da América Latina, além de adicionar novos clientes e vender mais produtos.
O banco digital, que listou suas ações em Nova York em dezembro, registrou prejuízo líquido de US$ 66,2 milhões no período, abaixo dos US$ 107,1 milhões de um ano antes.
O Nubank disse que sua receita mais do que triplicou, chegando a US$ 635,9 milhões em relação a 2020, bem acima do consenso da Refinitiv de US$ 393,76 milhões.
A receita mensal por cliente ativo atingiu US$ 5,60, um aumento de US$ 2,30 em relação ao trimestre anterior, impulsionado por novos produtos. Os custos por cliente caíram para US$ 0,90 por mês, ante US$ 1,10.
Apesar de um ambiente econômico mais desafiador no Brasil no quarto trimestre, a taxa de inadimplência de crédito ao consumidor do Nubank ficou quase estável em 3,5%, alta de 0,1 ponto percentual em relação ao trimestre anterior.
O presidente-executivo do Nubank, David Velez, disse a analistas que a empresa, que tem 53,9 milhões de clientes, seguirá executando seu plano estratégico, mas acrescentou que é capaz de recuar se o ambiente macro se deteriorar.
Os analistas estão atentos ao desempenho do Nubank, já que sua taxa de inadimplência deve piorar com o avanço da inflação e os aumentos da taxas de juros.
Velez disse em entrevista no início deste mês que a desaceleração econômica do Brasil pode representar oportunidade para o Nubank ganhar participação de mercado, já que alguns players devem recuar em meio a um ambiente mais arriscado.
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