A Neoenergia colocou à venda sua participação na Norte Energia, concessionária que administra a hidrelétrica de Belo Monte, a segunda maior do Brasil com capacidade de mais de 11 mil MW, no rio Xingu, no Pará.
A decisão levou a companhia a contabilizar um ajuste negativo de R$ 482 milhões no balanço do quarto trimestre de 2021, divulgado ontem (17) à noite, com impacto sobre o lucro líquido do período.
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Segundo relatório da elétrica, a administração decidiu avançar em “análises e providências” para determinar as condições para a venda da participação acionária na Norte Energia.
“Esse desinvestimento está alinhado com a estratégia da companhia, tendo em vista que se trata de uma participação minoritária. Dessa forma, o saldo do investimento em Belo Monte foi transferido da rubrica ‘investimentos’ para ‘ativos não circulantes mantidos para venda’.”
A Neoenergia detém uma fatia de 10% na Norte Energia. Além da empresa, também são sócios da concessionária a Cemig – que também tem intenção de alienar sua participação –, a Eletrobras, a J.Malucelli Energia, as autoprodutoras Aliança Energia (uma empresa com participação da Vale e Cemig) e Sinobras e entidades de previdência complementar Petros e Funcef.
Além de Belo Monte, a Neoenergia tem participações diretas e indiretas em outras seis usinas hidrelétricas: Itapebi, Corumbá, Baguari, Dardanelos, Teles Pires e Baixo Iguaçu.
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