Escalada ao Kilimanjaro nos ensina a seguir em frente

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Arquivo pessoal

Mulheres do povo Massai, que habitam a fronteira entre Quênia e Tanzânia

Há pouco mais de um mês, tive a alegria de concluir um grande desafio, a escalada ao cume do Kilimanjaro, na Tanzânia, o ponto mais alto da África. Foi uma jornada que exigiu uma intensa preparação física e mental, e que me rendeu uma satisfação quase indescritível.

Esta aventura me permitiu conhecer pessoas incríveis, como os integrantes de uma tribo do povo Massai. São cerca de dois milhões de pessoas que vivem entre Quênia e Tanzânia, que fazem questão de manter uma cultura milenar

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Crianças do povo Massai

Podemos conhecer o Adamu, a famosa dança do salto dos jovens guerreiros, uma espécie de competição. Os rapazes que pulam mais alto e de forma mais reta demonstram força e vitalidade. Muito interessante ter o contato com suas crianças e jovens, saber de uma visão de mundo diferente, entender a relação deles com a água e a comida, com a natureza. Foi uma troca que deu o fôlego inicial para a subida. 

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Ao todo, 61 pessoas fizeram parte do staff da escalada. Eram carregadores, pessoas que cuidavam da água para garantir a hidratação absolutamente necessária, que faziam a comida, que organizavam os abrigos para que todos pudessem dormir e descansar. 

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Topo do monte Kilimanjaro, o mais alto do continente africano

Foram dez dias de expedição, sendo sete dias de caminhadas ininterruptas. Neste período, pude experimentar novas sensações com o esforço, o enfrentamento do desconhecido, as diferentes condições da natureza, o oxigênio que faltava.

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Entrada do parque Kilimanjaro, onde está o monte mais alto da África

Mais do que falar, pude perceber como o controle da mente é fundamental para atingirmos nossos objetivos. A, o foco, a disciplina, o equilíbrio entre corpo, mente e espírito realmente têm potencial para fazer você seguir em frente.

No início da nossa missão rumo ao cume do Kilimanjaro, usei uma camiseta com a frase: “Não tenha medo de ser feliz”!

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Frio e gelo durante a subida ao Monte Kilimanjaro

E, assim, a cada momento, eu me lembrava dos pacientes, crianças, jovens, adultos, homens e mulheres que encaram o câncer todos os dias. Com absoluta certeza, eles foram a fonte de inspiração e motivação e me ensinam, diariamente, que sempre podemos vencer os mais difíceis desafios.

Fernando Maluf é cofundador do Instituto Vencer o Câncer e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.

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