O C-Suite dessa quinzena traz movimentações de cargos nas áreas de recursos humanos, marketing, operações, negócios e tecnologia. O Twitter Next, área de estratégia de marca do Twitter, contrata Rafael Camilo para liderar a iniciativa. Quem agora também conta com uma nova liderança é a Arquivei. Agora, a co-fundadora da startup, Isis Abbud, assume como co-CEO. Cesar Barboza agora assume como diretor de RH na Buser. A Pier anunciou a chegada da sua nova CMO, a Flávia Molina. Já o principal cargo de liderança da Neogrid também conta com um rosto novo. Jean Carlo Klaumann é o novo CEO da empresa. A fintech Cora está expandindo seu time com a contratação de Matheus Felipe como líder de Inclusão & Diversidade Social. A eCoMEX NSI também comunicou ao mercado a chegada de Oswaldo Spadari. O executivo ocupa a cadeira de head de sustentação. Na Mercado Pago, Pethra Ferraz é a nova vice-presidente de marketing. Movimentações também ocorrem na Apsen Farmacêutica, onde Renan Roberto dos Santos assume como diretor de tecnologia. Thiago Reis é o novo diretor de negócios de imunologia na Sanofi. Na Solutis, Viviane Sant’Anna foi contratada para o cargo de diretora de recursos humanos.
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Nesta edição, o C-Suite conversou com Marcela de Masi, a nova diretora de branding do Boticário. Ela é formada em publicidade e propaganda, com especialização em marketing de negócios pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ela também é MBA em gerenciamento de projetos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na nova posição, Marcela de Masi passa a liderar a comunicação da marca, com o desafio de expandir a estratégia de experiências digitais da empresa.
Forbes: Sua ascensão no Boticário aconteceu de forma rápida. Quais são os fatores que você acredita que auxiliaram no seu desenvolvimento profissional?
Marcela de Masi: Um dos grandes pontos da minha jornada foi entender que a área de comunicação e o posicionamento de marca exigem um aprendizado contínuos. E isso vai muito além de ser uma disciplina de estudo. Entendi durante a minha trajetória que a minha atuação não abrange só um escopo, mas impacta no desenvolvimento do negócio e da cultura corporativa. Me considero uma pessoa que foca na solução e adora resolver um problema, gosto de um problema complexo e também de simplificar. Também sempre fui atenta para a conexão com o consumidor, com as pessoas reais que são a razão do que a gente faz. Outro ponto que acho importante no meu trabalho é aliar a visão sistêmica e o repertório criativo. Eu também sinto que há um alinhamento meu com os valores da empresa. Sempre procurei desenvolver um ambiente de trabalho leve, onde todo mundo se sente a vontade de compartilhar ideias e se desenvolver.
Forbes: Como você avalia que o posicionamento da marca Boticário se transformou durante o período?
MM: A gente nasceu e se desenvolveu no ambiente físico da loja, e eram nesses ambientes em que criávamos ações e experiências. A gente precisou antecipar soluções, investir em tecnologia para garantir uma experiência de compra positiva e se manter presente mesmo com nossas lojas fechadas. A pandemia nos deu a oportunidade de interagir mais em canais não-regulares, como o WhatsApp. Desde o início a gente investiu em ampliar soluções nesse sentindo, aumentando o esforço de entender mais o consumidor e a jornada dele fora do varejo tradicional e o interesse dele genuíno nas conversas. Como comentei, a gente fez muito esforço para se manter presente durante esse período. Durante esse processo, mantemos em mente que o Boticário é uma marca que fala sobre amor e é sobre amor. E foi isso que a gente entregou para as pessoas nesse período porque elas precisavam. E isso mostrou resultados. A Boticário é uma das marcas mais lembradas durante esse período, segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Croma. Eu acredito que somos uma marca que faz parte da sociedade, e é importante que a gente exerça nosso papel social quando todos precisam. É aí que a gente se fortalece e se torna mais relevante.
Forbes: Nesses anos de Boticário, qual foi a habilidade que você mais buscou desenvolver?
MM: Sempre investi muito em ser uma boa líder, em desenvolver uma liderança que impactasse o meu time, ajudando as pessoas a perceber o valor que elas têm. Mas também uma liderança que pudesse inspirar as outras pessoas ao meu redor, entendendo esse impacto que a gente exerce no indivíduo. Eu acredito muito na diversidade de personalidade, e isso é cada vez mais essencial. Precisamos formar times diferentes em vivências e perfis, e não buscar pessoas parecidas a nós. Isso nos desafia muito como gestores, mas também nos engrandece como ser humano.
Forbes: Quais são as características que você busca no momento de contratar um profissional?
MM: Valorizo muito a profundidade da discussão estratégica. As pessoas tem o hábito de, na entrevista, contar o escopo de cada cadeira. Mas, para mim, é importante você contar a transformação que você provocou nos lugares que você esteve. As características relacionadas a isso e que eu valorizo muito são o espírito empreendedor e o interesse por novos assuntos. O quanto as pessoas de fato estão conectadas com o que está acontecendo e como elas conseguem trazer isso para a vida real. Em uma entrevista eu sempre vou perguntar quais foram as últimas leituras, quais as últimas referências, uma campanha que tenha chamado atenção, o que você está entendendo como inovação, virada e comportamento do consumidor. Quero entender o que essa pessoa está consumindo e qual é o olhar analítico dela sob esses temas. Eu realmente acredito que se manter conectado com o que está acontecendo no mundo é um hábito, não é um trabalho. E eu valorizo muito o perfil ativo nesse sentido, junto com a capacidade de articular ideias ao mesmo tempo que mantém um olhar para o negócio. É uma união entre você ser capaz de perceber o que está acontecendo no mundo e ter a capacidade de tangibilizar e viabilizar tudo isso.
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