A inflação na zona do euro ainda pode ir baixo de 2% no próximo ano, mostrou pesquisa publicada pelo Banco Central Europeu hoje (4), um dia depois de a instituição ter alertado sobre o aumento das pressões dos preços ao consumidor.
O BCE deixou a política monetária inalterada ontem (4), mas finalmente reconheceu os riscos da inflação e até abriu a porta para um aumento de juros este ano, numa virada para um banco central que manteve a política ultrafrouxa durante a última década.
Neste ano a inflação é estimada em 3%, de acordo com o levantamento do BCE junto a especialistas, abaixo da própria previsão do banco de 3,2%.
Em 2023, o avanço dos preços pode desacelerar a 1,8%, segundo a pesquisa, em linha com a própria estimativa do BCE.
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A inflação no bloco de 19 países atingiu máxima recorde de 5,1% no mês passado, mais de duas vezes a meta de 2% do BCE e acima das projeções, indicando que o banco tem dificuldades para entender completamente as atuais tendências de preços.
Respondendo aos aumentos dos preços, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que os riscos de inflação agora “são de alta”, sugerindo que leituras mais elevadas ainda são possíveis antes de um declínio mais tarde em 2022.
A pesquisa, normalmente uma contribuição importante para as discussões de política monetária, mostrou que a inflação deve então acelerar a 1,9% em 2024 e a 2% no longo prazo, definido como 2026.
O levantamento ainda mostrou projeção de crescimento econômico este ano de 4,2%, em linha com a projeção de dezembro do BCE.
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